O HUMANISMO E OS HUMANISTAS

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Estudos Literários

Foi um movimento cultural desenvolvido inicialmente na Itália, entre os séculos XIV e XVI, com Petrarca (1304 1374), autor de Cancioneiros – obra com cerca de 350 poemas, na maioria sonetos – Bocácio (1313 – 1375), autor de Decameron, obra com cerca de cem narrativas curtas, que se irradiou para quase toda a Europa. O Humanismo rompendo com a forte influência da Igreja e do pensamento religioso da Idade Média, ou seja, o teocentrismo (Deus como centro de tudo) cede lugar ao antropocentrismo, passando o homem a ser o centro de interesse, em torno do qual tudo acontece.

O humanismo alcançou plena maturidade no Renascimento. Humanismo. Nos últimos séculos da Idade Média, sobretudo nas cidades da Itália, ocorrera um notável crescimento da burguesia urbana. Os nobres e burgueses enriquecidos adquiriram condições de dar à cultura um apoio antes exclusivo da igreja e dos grandes soberanos. A necessidade de conhecimentos que habilitassem os burgueses a gerir e multiplicar suas fortunas também os impelia na direção da cultura. Juntaram-se, portanto, duas linhas com um mesmo fim: maior valorização da cultura e necessidade de uma educação mais prática do que a teologia medieval podia oferecer.

Segue-se, então, então, uma fase de tradução, decifração e comentários das obras antigas e adaptaram-se seus ensinamentos à nova época. E como os gregos e latinos erigiram uma literatura concentrada na exaltação do homem (humaniores litterae), os literatos que a ela se devotavam recebiam o nome de Humanistas.

Os gêneros mais cultivados no Humanismo foram: o lírico de temática amorosa ou bucólica e o épico seguindo os modelos consagrados por Homero (Ilíada e Odisseia) e Virgílio (Eneida).

Entre as principais ideias humanistas estavam:

Retomada da cultura antiga, através do estudo e imitação dos poetas e filósofos greco-latinos;

Revalorização da filosofia de Platão, especialmente no que diz respeito à distinção entre o amor espiritual e o carnal - neoplatonismo;

Crítica à hierarquia medieval, o homem reivindicando para si uma posição de destaque no Universo - não aceitação passiva das imposições místicas difundidas na ideia de destino.

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Para saber mais a respeito do assunto ver: Nicola, José de. Literatura Brasileira das origens até nossos dias. Scipione, São Paulo, 1966. / Bosi, Alfredo – História Concisa da Literatura Brasileira, 3ªed., São Paulo, Cultrix, 1988.

Se você encontrar omissões e/ou erros (inclusive de português), relate-me.

Agradeço a leitura e, antecipadamente, qualquer comentário. Volte Sempre!

Ricardo Sérgio
Enviado por Ricardo Sérgio em 30/08/2013
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