Sou a Consciência Negra

Sou a Consciência negra, que te atrai, tao sutil e grotesco como navalha, sou a consciência negra que chega e domina, que deita em sonhos forjados em tempos de escravaturas.

Sou a negritude do hoje do ontem do amanha, sou a consciência negra das travessas que meu pai passava, sou o tiro certo o errado, o fardo, o pardo, meu grito não se ouve nos altos cleros, e nem sobe em montanhas, vivo o gemidos dos açoites das madrugadas, do trabalho das lavouras de café.

Sou o semblante triste da dor, ou o semblante alegre das rodas de capoeira, das mesas fartas e da fome de justiça.

Sou a escravatura ou criatura que anseia por carta de alforria, sou nu e crú, sou eu na senzala com grilhões nos pulsos ao tempo que nasce o negrinho em meio a dores de parto, sou eu quem falo, a pele negra, minha raça, minha cor, minha dor, liberdade minha, minha pátria, minha vida, meu amor..

Adryane Abreu
Enviado por Adryane Abreu em 23/08/2013
Código do texto: T4448799
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