t.l. à moda
TEORIA LITERÁRIA À MODA - DA CASA/ DO CASO
O Diário no Recanto das Letras quere-lo-ia acabar com a seguinte oração:
«Amor, acabei o livro que andei a escrever para ti. Em boa verdade, devia-o acabar nesta frase, mas como sabes ando a inventar-te: amo-te! Queres casar comigo?»
Em teoria teria sido possível, escrevo inclusive a frase antes de escrever 111. Sou no entanto um distraído, agora mesmo, ao repetir a frase, enganei-me e tive de corrigir, escrevi: amo-te?
Quem lê questiona-se, terá mesmo escrito amo-te?, estará a fingir?, terá fingido?... Em literatura não há fingimento, a literatura é mesmo a verdade da leitura (daí a sua necessidade)!
Daí... a frase com que gostaria de acabar o Diário tenha de estar de modo a ser lida como pessoal e intransmissível por ti, leitor/a.
Namastë!
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GOSTO DE CASAR
o escrito com a leitura
como um botão entra
e sai em sua casa...
para fechar a peça
de qualquer roupa nova
ou por demais usada
enquanto não se estraga
a relação estabelecida
entre o botão e cada casa
Não existe obra de arte sem conseguirmos ler arte na obra, do mesmo modo não existe literatura sem teoria literária, nem poema sem poesia ou sem versos, o que não quer dizer que, havendo versos, haja poema pois... tem de haver?... teoria! Claro, pode até ser feita por uma nossa tia.
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Deixo + um poema para “sua” teoria:
NÃO SEJA LULA
o Lula cuspiu à Lua
a Lua não lhe ligou
o cuspo caiu na rua
estava lá a testa sua
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SEM DÚVIDA
sem qualquer dúvida...
deixando os sons
no solo da alma
que língua dirá
melhor que a nossa
que o que era foi-se!?
Foi-se levado pela foice, a Morte passou... Escrevi, já agora... disse que escrevi e vou com Vida (escrita?)! Convida a escrita a leitura, foram convidados... sejam.