Livro Ainda Bem Sociedade

I

CRIANDO POSSIBILIDADES

Aquilo que o Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do pai ninguém pode arrebatar.

João 10; 29

Vivemos em uma ilha cercada de gente corrupta por todos os lados, mas existem bons pescadores de esperança e o melhor é que estão dispostos a compartilhar desta esperança com o próximo. Não somos dignos de absolutamente nada do que nos acontecem, não merecemos tal sofrimento, somos vítimas dessa hierarquia. Escolhemos mal os nossos governantes e choramos lágrimas de dores por longos quatro anos. Pior ainda, escolheremos novamente errado nas próximas eleições. Somos imperfeitos e pagamos cara por esta imperfeição. O bom é que ainda temos esperanças!

Não me sinto honrado em está desabafando aqui o meu pensamento em relação ao sofrimento enfrentado pela sociedade, não estudo profundamente esses acontecimentos, mas vejo com freqüência o seu desenrolar, como diz Rousseau “convencido de que só ao cidadão virtuoso cabe dar à sua pátria as honras que ela possa reconhecer.” Faço jus a minha parte mesmo tendo nascido em uma sociedade indiferente, com o poder em prol de poucos. Sinto que sou apenas mais um indignado com toda situação. Sinto-me virtuoso em dizer que estou sim, lutando pela melhoria da humanidade. Sou como aquele beija-flor que faz a sua parte levando água no bico para jogar no grandioso incêndio. E mais uma faço vez uso das palavras do grande Rousseau:

(...) Se eu tivesse de escolher o lugar do meu nascimento, teria escolhido uma sociedade de grandeza limitada pela extensão das faculdades humanas, isto é, pela possibilidade de ser bem governada, e onde, bastando-se cada qual ao seu mister, ninguém fosse constrangido a atribuir a outros as funções de que estivesse encarregado; um Estado em que, todos os particulares se conhecendo entre si, nem as manobras obscuras do vício, nem a modéstia da virtude pudessem subtrair-se aos olhares e ao julgamento do público, e em que esse doce hábito de se ver e de se conhecer fizesse do amor da pátria o amor dos cidadãos, em vez do da terra.

Eu quisera nascer num país em que o soberano e o povo só pudessem ter um único e mesmo interesse, a fim de que todos os movimentos da máquina tendessem sempre unicamente à felicidade comum; como isso só poderia ser feito se o povo e o soberano fossem a mesma pessoa, resulta que eu quisera nascer sob um governo democrático, sabiamente moderado. (A origens das desigualdades pág. 03)

Portanto vejo que será necessário cada qual lutar com as armas que se tem em seu favor, uma importante arma é o conhecimento.

Não devemos causar uma má impressão, temos a “liberdade” ao nosso favor, somos seres excepcionais dotado de grande inteligência. Não podemos nascer de novo e escolher como será a nossa vida, podemos sim lutar e ter um final com dignidade, em uma sociedade justa e absolutamente igual.

Sei o quanto é difícil tal conquista, por este motivo escrevi este livro. Não entregando aqui o peixe, estou sim dando a isca e a vara e diferente da sociedade é que também ensinarei a pescar. É apenas o inicio de uma grande jornada e toda grande jornada começa simplesmente com o primeiro passo.

José Leopoldo Torres de Albuquerque Filho
Enviado por José Leopoldo Torres de Albuquerque Filho em 24/06/2013
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