Página Branca
Hoje, diante de uma página branca, nada escrevi. Senti um desalento total!!!
- Página Branca, o que vou escrever...?
De repente, me vejo em uma repetição tediosa e sem objetivo.
- Página Branca, você é como se nada tivesse acontecido ou pudesse acontecer.
Houve um final de vida, final de ilusão, final de um livro. É como houvesse
dois definidos tempos na existência, o antes e o depois. E, num deprimente, dia vira-se a página dessa mesma vida e encontro o amanhã sem rumo. Um passado tão presente que se esvai, definindo a importância que teve o seu existir.
Hoje, eu premedito e procuro a porta de um futuro que não sei como defini-lo. Há simplesmente a vida solta, sem propósitos concretos.
É uma página branca, transparente, onde deveria pelo menos presumir o
traço de uma esperança.
E a vida continua... No momento, o nada como lema, preso a um barco sem rumo.
Volto a falar em você, diria que se foi e levou o que de mais precioso existia: o ''futuro incerto'', amparado pelo pensar de duas vidas. Levou a sombra de esperança misturada, a farfalhar no desconhecido final do tempo. Apenas o virar de uma página.