Ciclo Justificável
O erro é a designação dada para tudo que foge do padrão que rege o contexto social, relevante a aspectos doutrinários ou seguimentos gerais, sendo que isso parte de algo que é relativo à naturalidade do ser humano, cujo logo ao nascer se expõe claramente ao que a perversa sociedade lhe propõe, desde então, há-se um esteriótipo montado, o qual refere-se a contextos diferentes de vida, onde a imposição do que é errado vem a depender de fatores culturais com uma grande adversidade, pois o que é errado no Brasil, pode talvez não ser em outro lugar do mundo, tal exemplo fica claro quando analisamos o contexto de vida no Japão, a isso podemos associar o fato de fazer barulho enquanto tomam sopa, ou de cometerem suicídio motivados por escândalo de corrupção, assim como também nos EUA, a prática de aborto induzido é legalizado, exceto no Dakota do Sul.
A inexistência de questionamentos e de respostas para os mesmos nos atrai para a certeza de que tudo está perfeito, quando na realidade, essa é apenas mais uma das ilusões criadas por a fértil mente humana, para que o próprio homem se habitue a viver em um meio que não há problemas.
Dizendo que “errar é humano” estamos rotulando o homem como um ser errante, quando na realidade, o erro parte de suas escolhas ou atitudes, tendo em vista que dentro do contexto em que vivemos, somos automaticamente obrigados a nos retirar dos afazeres que constituem nossa rotina para então fugirmos da própria, o único problema é que de tal maneira, acabamos por nos autodestruir em atos errôneos que de maneira alguma pertencem ao caráter concêntrico da classe humana, independente de classe, raça, ou gênero.
E quando vivemos fora da rotina? A explicação do estudante Fábio Cardoso para tal fato, mantém a posição de que quando não temos algo de firme base para o nosso regimento, o erro é tão comum que aos olhos humanos passam despercebidos, com se fosse a força, sem explicação, mas quase sempre inigualável e imbatível assim como a Filosofia.
O modo de pensar sociológico e filosófico do autor da teoria do ciclo justificável mantém a ideia de que mentiras, desavenças, hipocrisia, desigualdade, derrota, tristeza, ódio, nada mais são que sensações que contribuem para que a verdade, o entendimento, a igualdade, a vitória, a alegria, e o amor possam florescer mais e mais, tendo em vista que em desacertos que gerem a aversão, o conserto dos mesmos possam nos fazer refletir para a não repetição de ações que os levem ao mesmo estado de espírito de aversão, pois não há nada melhor que ver que você contribui para a formação de uma cláusula de vida utopicamente perfeita.
Sendo grande parte das ações humanas relativas, o ciclo justificável apresenta o erro como algo que parte naturalmente do ser humano, mas que não necessariamente deve ser justificado de tal maneira, mas sim de que o desacerto ele pode ser sabiamente moldado por um conserto, como se a falha estivesse presente no homem, mas que por o uso do bom senso e da inteligência pelo reconhecimento da ação errônea, o ser fosse perdoado, sendo essa uma característica de um sábio, o reconhecimento humilde de sua cinca e o conserto de maneira inteligente, assim como dizia Maquiavel por “se dizes palavras que agride ao outro e te prejudica, as retira”.
Crescer na ordem de sabedoria é tornar firme a autonomia de um homem crítico e tampouco alienado aos dogmas radicais de uma sociedade suja e intolerante.
Não é preciso ser uma farsa para nos disfarçarmos, basta sermos nós mesmos para percebermos o quanto em nós há de ignorância e indelicadeza, por não vermos no nosso meio o que há de errado, e muito menos, por desacreditar que ainda poderemos mudar isso.
Tais ideais contribuem para que o homem na pessoa íntegra de ser pensante possa de maneira geral analisar o contexto em que vive e de maneira cautelosa ver as melhores saídas para que não caia em um erro e nem muito menos se coloque na pessoa de um eterno errante, quando na realidade pelo simples e humilde poder do reconhecimento poder consertá-los e evitar consequências muito piores em um futuro próximo.
Conceituar o homem na figura de um ser errante o leva a personificar o próprio erro em sua imagem, e mesmo que alguns considerem que “errar é humano", acredite, aceitá-lo e concertá-lo é, sem dúvida, a melhor saída para uma questão daquilo que consideramos analiticamente errôneo, quanto ao que dogmaticamente é pregado em contextos amplamente diversificados de vida largamente adversos, sendo assim, podemos realmente dizer que é da natureza do homem errar, ou passaremos a partir de então a vê-lo de uma maneira claramente relativa, sabendo que isso é apenas mais uma das concepções distorcidas criada pela sociedade para torturar a humanidade?