O Pensamento: viagem sem fim.

Há muito tempo, o homem vem tentando descobrir e entender o sentido das coisas e de tudo o que existe. Essa inquietação em conhecer o faz “viajar” para dentro de si, usando algo, até então, desconhecido: o pensamento. A capacidade de pensar, refletir sobre tudo o leva a lugares inimagináveis, lugares em que ele jamais estaria. Esse “pensar” levou o homem ao desenvolvimento pessoal e à evolução interativa com o mundo que o rodeia, através de diversas observações e indagações curiosas do mesmo mundo, misterioso e insondável por meio de vários pensadores que se dedicaram a essa tarefa quase que impossível.

"Enfim, considerando que os mesmos pensamentos que nos assaltam quando acordados também podem nos ocorrer quando dormimos, sem que nesse caso haja algum que seja verdadeiro, as coisas que até então haviam entrado no meu espírito não eram mais verdadeiras que as ilusões e meus sonhos. Mas logo concluí que eu que pensava, era alguma coisa, mostrando esta verdade: penso, logo existo. Não posso negar que as ideias não existem verdadeiramente em meu pensamento, mas reconheço claramente que a natureza inteligente é distinta da corporal”. (Descartes, René em O Discurso do Método.).

Mas, afinal, o que é o ato de pensar? Já parou pra pensar do que é feito o pensamento? Como saber se estás ou não pensando? Estes são ou foram alguns dos muitos questionamentos que, provavelmente, o homem apresentou nos primórdios da formação das culturas e que instigaram os diversos sistemas filosóficos com esse problema no qual recaímos então na questão do certo e errado, o que é pensamento certo e o que é pensamento errado. Isso é uma questão muito individual, às vezes o que é bom para o coletivo não é bom para o individuo, e vice e versa, mas a questão é que não temos liberdade de pensamento, sempre há algo nos movendo, algo que não enxergamos nos fazendo pensar, e pensar para ele, algo nos preparando para um fim inevitável, um fim onde não há escapatória... O fim do pensamento! (Origem do Pensamento, por Guerrilha, Douglas Radio 30/10/2005).

Esta atitude de pensar transforma o homem e este, por sua vez, o mundo que o envolve, por isso a liberdade do homem é a sua independência de pensamento. Este, por sua vez, faz o mesmo evoluir e alcançar níveis que não consegue controlar...

Esta colisão de pensamentos expressados em ideologias distintas custou caro à humanidade. Tais movimentos intelectuais levaram o mundo a grandes transformações que mudaram, de forma súbita, o modo de vida das pessoas nos lugares e países de origem. Alguns exemplos claros são: a Reforma Protestante e Contra-Reforma, o Absolutismo, a Revolução Francesa, entre outros, também, pode-se citar a revolução industrial. Estes movimentos foram, verdadeiramente, uns conflitos de interesses que acabaram influenciando toda uma nação (e todo um planeta) com suas idéias distintas. É claro que alguns foram inevitáveis e até necessários, mas a maneira como revolucionaram o modo de pensar do homem, neste tempo de mudanças, repercutiu por muitos séculos e seus resquícios são vistos até os dias de hoje. A verdade é que o pensamento humano está longe de ser algo irrevogável e sua inconstância nos diversos momentos do tempo levará a humanidade a grandes mudanças que, por sua vez, serão inalteráveis.

Contudo, o homem ainda não aprendeu a usar o pensamento totalmente para o bem comum. Claramente, ele confirma, em suas invenções e avanços tecnológicos, que o pensamento vem sendo desviado de seu objetivo maior: levá-lo a conhecer-se, conhecendo o mundo e o outro que está ao seu lado. É preciso que o homem busque a si mesmo e encontre, assim, o sentido de seu pensamento em sua vida e este pensamento se não controlado pode levar à extinção do Homo sapiens. “Você precisa saber o que se passa aqui dentro (...) Você vai entender a força de um pensamento, pra nunca mais esquecer...”. (trecho da música Pensamento, Cidade Negra)

Rosdrigo
Enviado por Rosdrigo em 22/04/2013
Reeditado em 31/03/2014
Código do texto: T4254522
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