O poeta erra

na ortografia

no vocabulário

(na fotografia)

na conjunção adversativa

na pontuação.

Erra sim

no ponto final

nas vírgulas

nos verbos

nos advérbios

nos adjetivos

tão poucos

substantivos.

Erra sim

nos pronomes

nos períodos

nos sujeitos

nos indicativos

nos ditongos

e nos parônios

Erra sim

na acentuação:

vai do apóstrofo

passa pela

...

chega aos hífens

e vem o - travessão

que é 1/2 irmão

do parágrafo

crase

agudo

circunflexo

til

frase

Ele erra tudo.

Por não bastar

ainda vem a

sintaxe

de concordância

de regência

de colocação e

suas subdivisões:

nominal e verbal.

E, que ousadia de grafias:

próclise, mesóclise e ênclise.

Erra sim,

como Sujeito

simples e composto

indeterminado

ou mesmo

sem sujeito.

Erros sim,

que a eles se

sujeita:

da lírica

na abstenção

da magia

da imaginação

das fantasias...

e criação...

Anacoluto!

Elipse!

Pleonasmo!

Sílice!

Sim erra.

Erra sim

na modernidade

Hard e soft

Sim, ele erra

até para posteridade

quando post-mortem

no seu epitáfio

epilogar:

Enfim sós!

Paulo Augusto Menezes
Enviado por Paulo Augusto Menezes em 23/11/2012
Reeditado em 25/02/2013
Código do texto: T4001795
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