ABC DAS ALDRAVIAS



ALDRAVIA, poema composto de até seis versos univocabulares, com sintaxe paratática (por coordenação), livre de amarras que venham a implicar na limitação de interpretações.
O usual é que a aldravia conte com 6 versos.

Na Aldravia, a palavra é o elemento essencial formador da Poesia; por isso, a Aldravia prescinde da utilização de recursos visuais adicionais, nada obstante aceitar-se experimentação que não torne complicada a leitura do poema.

A partir do conceito “poundiano” de o máximo de Poesia num mínimo de palavras, o Poeta Aldravianista deve observar os seguintes critérios para a elaboração de Aldravias:

1- iniciar os versos com letras minúsculas.
Em caso de nomes próprios, vale a opção do autor;

2- a divisão em palavras-versos já implica pausa; por isso, não é recomendada a utilização de pontuação. Além disso, a pontuação limita possíveis interpretações relativas a livres escolhas do leitor em deslizar pausas para criar novos sentidos;

3- as pontuações de interrogação ou de exclamação podem ser utilizadas, se a sintaxe da Aldravia, por si só, não denunciar a sua proposição;

4- nomes próprios duplos (com ou sem ligação por hífen), cuja divisão resulta em outro nome (Di Cavalcanti, Van Gogh), podem ser considerados um único vocábulo;

5- nomes e formas pronominais ligadas por hífen podem ser considerados vocábulos únicos;

6- sugerir mais do que tentar escrever todo o conteúdo.
Incompletude é provocação aldrávica;

7- privilegiar a metonímia, evitando-se a metáfora.





Obs: publicação com expressa autorização de Andreia Donadon Leal.

Todos os direitos autorais reservados aos autores deste documento, a saber:
Andreia Donadon Leal, Gabriel Bicalho, J. B. Donadon-Leal e J.S.Ferreira.