Fazendo Poesia - Sonoridade
Uma das características da poesia é nos remeter, através da sonoridade de seus versos, a uma ideia sobre algo que o texto fala. É na composição rítmica, mas também nos sons dos fonemas que essa construção se dá. Como no caso do famoso poema de Manuel Bandeira, "Trem de Ferro":
Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virge Maria que foi isso maquinista?
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
(trem de ferro, trem de ferro)
O ritmo dos versos e a sonoridade nos lembra facilmente o barulho do trem, começando com uma cadência mais suave e som mais grave (Café com pão/Café com pão), do trem partindo, e aumentando a velocidade (Agora sim/Voa, fumaça/Corre, cerca/Ai seu foguista).
Em um poema meu, Som do mar, também brinco um pouco com a capacidade das palavras nos remeterem a sons determinados. Obviamente, ao som do mar, neste caso. Veja:
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