O MODERNO TEATRO BRASILEIRO

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Estudos Literários

 

Não tenho a dificuldade em afirmar que o teatro brasileiro nasceu com o Padre José de Anchieta, no século XI. Durante o século seguinte, nada de novo surgiu nesse campo. Já no século XIII o dramaturgo e escritor José da Silva criou peças teatrais cheias de humor e sátiras criticando a sociedade: A Vida do Grande Dom Quixote de La Mancha e do gordo Sancho Pança, Os encontros de Medéia, Manjeronas e outras.

Com o Romantismo (primeira metade do século XIX) o nosso teatro destacou-se e solidificou-se como gênero. Martins Pena, por exemplo, fundou a comédia brasileira de costumes.

Na segunda metade do mesmo século nosso teatro evoluiu com as seguintes contribuições: Gonçalves Dias, Leonor de Mendonça; Machado de Assis: Quase Ministro, Depois da Missa; Joaquim Manuel de Macedo, O Primo da California, O Cego; José de Alencar, O Demônio Familiar, O Jesuíta; Álvares de Azevedo, Macário; Castro Alves, Gonzaga ou a Revolução de Minas; Casimiro de Abreu, Camões e o Jau.

No finalzinho do século XIX, surgiram dois autores à altura de Martins Pena: França Júnior, Meia Hora de Cinismo, Caiu o Ministério; Artur Azevedo, A Capital Federal, O Mambembe.

No século XX, Osvald de Andrade, muda a concepção de teatro, com base no dadaísmo e surrealismo. Escreveu peças importantes: O Homem e o Cavalo, A Morta, O Rei da Vela, entre outros. Suas peças foram encenadas na década de 60, com grande êxito, pelo grupo Teatro Oficina.

O Moderno Teatro Brasileiro teve seu início com a encenação do texto de Nelson Rodrigues: Vestido de Noiva (1943). Em 1948, fundou-se, em São Paulo, o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), respnsável pela formação de inúmeros artistas brasileiros. No Rio outros grupos apareceram, como foi o caso de Teatro Jovem, Teatro do Rio, Teatro da Praça. Em 1958, o Grupo Teatro Arena, encena Eles não usam black-tie,  de Gianfrancesco Gharniere. São dele outras peças de renome como: Gimba, A semente, O Filho do Cão, Marta Saré, Castro Alves pede passagem, entre outras.

No ano de 1964, a ditadura Militar por meio do Ato Institucional nº 5 (AI5) restringiu a produção artística, sendo o teatro o setor mais atingido. Mesmo dabaixo da censura militar João Cabral de Melo Neto produz Morte e Vida Severina. Chico Buarque Roda-Viva, Calabar, O Elogio da Traição, que provocaram grande polêmica e exílio do próprio Chico. No final do regime Chico Buarque escreve e encena, no Rio, Gota d'água e Opera do Malandro, alcançando grande repercução.

Merece, também, destaque o dramaturgo paraibano Ariano Suassuna com as peças: O Auto da Compadecida, O Casamento Suspeitoso, O Santo e a Porca, A Pena e a Lei, entre outras. A produção teatral de Ariano redescobre nossas origens culturais. Seus textos – folclóricos no estilo da literatura de coedel – lembram os autores de Gil Vicente, mestre do teatro português. ®Sérgio.

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Bibliografia: BOSI, Alfredo – História Concisa da Literatura Brasileira, 3ªed., São Paulo, Cultrix. / VERÍSSIMO, José – História da Literatura Brasileira, Rio de Janeiro, Record, 1998.

BANDEIRA, Manuel – Seleta de Prosa, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1997.

Se você encontrar omissões e/ou erros (inclusive de português), relate-me. Só enriquecerá o texto.

Agradeço a leitura e, antecipadamente, qualquer comentário. Volte Sempre!

Ricardo Sérgio
Enviado por Ricardo Sérgio em 22/05/2012
Reeditado em 30/08/2012
Código do texto: T3681467
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