Diário de Leitura 3

CEFET – Diretoria de Graduação - Departamento de

Linguagem e Tecnologia - Curso de Letras

Disciplina: Linguística Histórica

Prof.: Rosane V. G. Beltrão

DIÁRIO DE LEITURA

Referência:

MELO, Gladstone Chaves de. Iniciação à filologia e à linguística portuguesa. Rio de Janeiro : Ao Livro Técnico, 1981. p. 76-81. Capítulo IV

Autor do diário:

Luís Antônio Matias Soares

GEOGRAFIA DAS LÍNGUAS ROMÂNICAS NA EUROPA

Eu nunca havia utilizado anteriormente o substantivo “romance” na acepção especificada neste capítulo, ou seja, enquanto as variantes locais e populares do latim vulgar e em contraposição ao latim culto.

Após o surgimento dos variados romances como os hispânicos, os italianos e os gauleses, eles se centrariam posteriormente em torno daquele que fosse absorvendo os demais romances em cada região, dando origem, por fim, às línguas nacionais modernas, como o espanhol, o português e o francês.

O bilinguismo de determinados locais europeus (como o Catalão e o Basco na Espanha e o Provençal na França) expressa a reação do povo e da cultura local através da língua ante a imposição de determinada língua por uma nação ou estado.

Percebe-se, ainda, a presença de uma série de dialetos como o napolitano, o siciliano e o veneto, por exemplo, falados em regiões diversas da Itália em época anterior à adoção oficial da língua italiana pelo Estado.

Nos tempos modernos, doze são as principais línguas românicas: o português, o galego, o espanhol, o catalão, o occitânico ou provençal, o francês, o franco-provençal, o reto-romano ou retórico, o italiano, o sardo, o dalmático e o romeno.

Um pouco de conhecimento sobre o bilingüismo na Península Ibérica:

Com exceção da língua basca, língua não indo-européia, falada num território denominado País Basco, atualmente uma comunidade autônoma da Espanha, o restante da Península pertence lingüisticamente ao domínio neolatino.

No território espanhol, a língua oficial, originária da parte central da península (Castela), superpõe-se às demais variedades lingüísticas devido a fatores políticos e à sua universalidade, porém algumas dessas línguas não desapareceram, embora tenham sobrevivido em condições de bilingüismo. No entanto, vários conflitos lingüísticos se manifestaram no decorrer da história, tendo recrudescido pela influência do Romantismo, no século XIX e, recentemente, por uma política mais liberal do Estado Espanhol. A nova constituição espanhola facultou a elevação das antigas regiões históricas à condição de comunidades autônomas, podendo fazer uso oficial da língua regional, ao lado do espanhol, aquelas comunidades que dispusessem de outro vernáculo. Tal é o caso do basco, já mencionado, mas do qual não nos ocuparemos por não se tratar de língua românica, do catalão, língua da comunidade da Catalunha, Valência e Ilhas Baleares e do galego, pertencente à Comunidade autônoma da Galiza.

Com a autonomia das comunidades do Estado Espanhol, o catalão está sendo intensamente cultivado em todo o seu domínio. A sua diversidade dialetal causa problemas na padronização. Parece que a solução está sendo considerar a unidade na diversidade. Sua população deve superar os seis milhões de falantes. É a língua política e socialmente mais desenvolvida no Estado Espanhol, depois da língua nacional. (Alfredo Maceira Rodrigues, s/d)

Referência:

Rodrigues, Alfredo Maceira. As Línguas Românicas da Península Ibérica. Disponível em http://www.filologia.org.br/revista/artigo/5(14)49-57.html Acesso em 21 de abr. 2012.