Diário de Leitura 1

CEFET – Diretoria de Graduação - Departamento de

Linguagem e Tecnologia - Curso de Letras

Disciplina: Linguística Histórica

Prof.: Rosane V. G. Beltrão

DIÁRIO DE LEITURA

Referência:

MELO, Gladstone Chaves de. Iniciação à filologia e à linguística portuguesa. Rio de Janeiro : Ao Livro Técnico, 1981. p. 51-68. Capítulo I

Autor do diário:

Luís Antônio Matias Soares

AS LÍNGUAS INDO-EUROPÉIAS

As três últimas linhas da página 51 informam ao leitor que: “se tivermos em conta tudo isso, fácil nos será (grifo nosso) compreender que a antiga unidade indo-germânica se fragmentou, dando assim nascimento aos primeiros grandes ramos”.

Os grandes ramos da língua foram: Hitita, Tocário, Indo-Iraniano, Grego, Ítalo-Celta, Germânico, Báltico, Eslavo, Albanês e Armênio.

Não considerei tão fácil assim esta percepção, levando em conta outras informações constantes nas linhas anteriores do texto, ou seja:

O estado atual da ciência linguística e antropológica não permite formular qualquer hipótese segura sobre qual tivesse sido a área ocupada por esse misterioso povo (os Árias). Tudo o que se tem avençado a respeito não passa de suposição mais ou menos gratuita, onde intervém não raro o gosto pessoal do teorista. (Melo, 1981, p. 51)

Ao ler este capítulo, comecei a pensar na grande quantidade de línguas e dialetos diversificados falados tanto especificamente na Europa e na Índia quanto nos demais continentes americano e africano. Levando-se, portanto, em consideração as muitas línguas e dialetos utilizadas nos continentes africano e americano, pode-se começar a perceber a real importância de todas estas línguas para cada um dos povos que as utilizam ou utilizavam.

E ao se colocar todas essas línguas e dialetos lado a lado com as principais línguas utilizadas atualmente pela população mundial, percebe-se que nem sempre as coisas foram como são atualmente, isto é, que as línguas (assim como os povos, as civilizações e suas culturas) surgem, se desenvolvem dentro de suas próprias características e que muitas vezes desaparecem deixando poucos ou nenhum vestígio.

Em relação ao Brasil, por exemplo, obtive outro dia a informação de que a língua mais falada em nossa terra há trezentos anos era o Tupi e não o português e que este último veio se implantando e ganhando um maior espaço e terreno a partir desta época, principalmente com a imposição do estudo do português nas escolas.

Outro ponto interessante se acha no fato de que quanto mais poderosa a nação (como, por exemplo, Roma em sua época de ouro, com extensiva dominação cultural e militar sobre muitas outras civilizações), mais ampliada a área da língua e da escrita utilizadas (o latim) e a absorção dos demais falares ou dialetos existentes nas regiões dominadas, como, por exemplo, os dialetos ou falares itálicos osco e umbro incorporados pelo latim.

O capítulo aguçou a minha curiosidade no sentido de buscar uma melhor conceituação dos termos língua, idioma e dialeto:

Língua: língua, tal como o português, o inglês, o espanhol e o basco (falado na região dos Pirineus, incluindo parte da França e da Espanha), é um sistema formado por regras e valores presentes na mente dos falantes de uma comunidade linguística e aprendido graças aos inúmeros atos de fala com que eles têm contato.

Idioma: o idioma é um termo referente à língua usado para identificar uma nação em relação às demais e está relacionado à existência de um estado político. Por isso, o Espanhol é um idioma, mas o Basco, não, e o Português é uma língua e um idioma. Ou seja, o idioma sempre está vinculado à língua oficial de um país.

Dialeto: já o dialeto é a designação para variedades linguísticas que podem ser regionais (como o português falado em Recife e o champanhês falado na região francesa de Champanhe, com seus sotaques e suas expressões particulares) ou sociais (o português falado pelos economistas, com jargões). (Beatriz Vichessi, s/d)

Estas foram, para mim, as principais questões que me despertaram o interesse partir da leitura deste primeiro capítulo do livro.

Referência:

Vichessi, Beatriz. Qual a diferença entre língua, idioma e dialeto? Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/fundamentos/qual-diferenca-lingua-idioma-dialeto-427786.shtml Acesso em 22 de abril de 2012.