O REDUNDANTE É PROBITIVO

Em Poesia não pode haver redundância de discurso e uso excessivo de vocábulos. Somente dá-se a esse vezo o diletante, que tem nenhum compromisso com a Arte: só quer ser visto e, pelo alto pendor, admirado e louvado... Também o feminino que confunde Poesia com uma espécie de maternalidade temporã, que dignifica os seus versos com a qualificação de “filhos”, e a toda displicência verbal perdoa. Talvez esqueça o fato da canção de ninar, que – antiga e batida – é sempre novidade na vida dos novos que batem à porta do mundo. Poesia não permite o PLEONASMO vicioso, porque este é rebarbativo e de mau gosto. Poesia é exatamente o contrário...

– Do livro A POESIA SEM SEGREDOS, 2012.

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