O PROVOCADOR INSTIGA À REFLEXÃO

“Obrigada! Tens toda razão, sempre cometo um INTERTEXTO ao texto lido e sentido. Para comentar um texto é preciso bem mais do que sei no momento, possivelmente, é uma fuga encontrada pela falta da teoria Literária. Falta-me conhecimento nesse âmbito tão vasto, mas tão complexo, que é a Literatura em si. Tentarei, e com a sua ajuda generosa, compreenderei aos poucos... Bom retorno, abraços, poeta!

Maria Verônica Pernambuco.

– recebido via Orkut, em 18/04/2012.”

Não parece que o cometimento de INTERTEXTO seja apenas uma questão de falta de Teoria Literária – como o dizes – e, sim, a forte inquietação e o imediato exercício da possessão emocional e intelectiva sobre o (seu) próprio cabedal, formando ANTÍTESE sobre a TESE que o que está posto representa, como apontou em medos do século XIX, o filósofo Hans Hegel, em sua Dialética. A pretensa ideação oposta criada pelo receptor denuncia que este não é passivo e está a ruminar o que foi expendido pelo conteúdo do texto, que cumpriu a sua função instigatória... É óbvio que a aquisição de conhecimentos sobre teoria literária ampliará o leque da antítese intelectiva. O intertexto exsurge naturalmente em quem procura refletir sobre o que lhe está sendo oferecido pelo texto de outrem... E este espécime é primoroso como leitor-receptor. São exatamente esses os arautos do Novo, em Literatura, mormente em Poética. É sempre conveniente lembrar que a Poesia ensina a pensar...

– Do livro A POESIA SEM SEGREDOS, 2012.

http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/3620138