POR UMA TEORIA EFEMÉRICA DA POÉTICA DA DOR E DO AMOR

Autocrítica: POR UMA TEORIA EFEMÉRICA DA POÉTICA DA DOR E DO AMOR - MOMENTOS POÉTICOS (2006, revistos hermeneuticamente em 19/02/20120, por J B Pereira)

A poética é uma das muitas formas culturais e práticas existenciais de efeito de sentido. Não deve ser subestimado o seu contexto de produção. E o autor-poeta se vê relendo sua obra e ouvindo outros leitores. Nesse sentido, a recepção da obra, depois de 6 anos de lançamento de MOMENTOS POÉTICOS (2006), representa uma mirada de reflexões e partilha aos outros leitores de RECANTO DAS LETRAS como instância virtual cujo leitor se afigura como possibilidades de novos sentidos e críticas a que o poeta-leitor capta fagulhas do poema em sua dispersão e possibilidade de circulação para além das librarias e sua estante pessoal.

E agora o mesmo escritor pode diagnosticar não só seu trabalho de recriação (para rever sua produção) como também levantar a hipótese: será necessário outros contextos para que o poema e obra sejam vistos diferentemente daquele modo de ser visto quando de seu lançamento? Se o leitor virtual se constitui me outra instância de leitura e apropriação de seus poemas em seus contextos outros pode-se esperar que haja novos engajamentos (se houver e de que forma?) pode a poética avançar como espaço de criatividade e denúncia ou apropriação emotivo-instrospectiva de eus interiores a repensar o lírico na socidade da imagem e da mensagem instantânea?

Com essas hipóteses e questões, cada um dos leitores de MOMENTOS POÉTICOS podem ser tornar coautores meus e me mostrar como releitura e reescritura dos poemas vinculados interativamente agora.

A poesia representa um espaço lúdico e denunciativo em meio à cultura. Poesia é cristalizações de emoções recriadas em função de estados do eu lírico que transcende as demandas imediatistas do sujeito empírito e histórico do autor. Portanto, meu primeiro livro Momentos poéticos, cuja biografia está abaixo, não só cumpre o desejo de evidenciar a fé na vida (promessa feita após a cura de meu filho Lucas Trindade, acometido por pneumonia pós-parto) mas também procura organizar a poética em três momentos epistemológicos e existenciais de minhas memórias: a familiar, o soneto clássico (comoniano e shakespeareano) e poesia do cotidiano das coletividades (em que me vi inseridos desde criança até a idade adulta)

OS VERSOS FALAM

Nos versos de arcanos passos,

O poeta finge coisas iniludíveis,

De luz e trevas como compassos

De momentos e atos volúveis...

Se a vida é tão tristonha?...

Invente-a com ousadia!

Se a dor for deveras tamanha?...

Ele a desnuda como alquimia!

Não há nada que o verso

Não queira ludificar, brindar, lidar...

A resposta está no mistério do poema!

Viver a vida ainda “vale a pena”,

A cada pessoa, diz Pessoa a vibrar,

“...Se a alma não é pequena....”

BIBLIOGRAFIA

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