"ABUSANDO DA CATACRESE"
Pelo bico da chaleira, ela não se alimenta;
Não se conhece criança que com o peito do pé se contenta;
Não se sabe o que pensa a cabeça do prego que apanha;
Isto tudo dá vontade de enterrar uma agulha nas entranhas.
O coração da floresta pode enfartar?
E o que fazer se o braço do rio quer me abraçar?
Qual o gosto real do vinho de laranja e o chá de limão?
Como se faz na barriga de perna a digestão?
Estas são algumas formas de emprego abusivo,
Talvez indevido pelo aproveitamento na falta de expressão
Que melhor designa o emprego impróprio ao alusivo.
A “catacrese” origina-se pela obliteração
Do sentido etimológico da palavra, meio compulsivo,
Que provavelmente foi “metáfora” antes da inovação.
(Professor: Ademir Rêgo de Oliveira/1997)
Pelo bico da chaleira, ela não se alimenta;
Não se conhece criança que com o peito do pé se contenta;
Não se sabe o que pensa a cabeça do prego que apanha;
Isto tudo dá vontade de enterrar uma agulha nas entranhas.
O coração da floresta pode enfartar?
E o que fazer se o braço do rio quer me abraçar?
Qual o gosto real do vinho de laranja e o chá de limão?
Como se faz na barriga de perna a digestão?
Estas são algumas formas de emprego abusivo,
Talvez indevido pelo aproveitamento na falta de expressão
Que melhor designa o emprego impróprio ao alusivo.
A “catacrese” origina-se pela obliteração
Do sentido etimológico da palavra, meio compulsivo,
Que provavelmente foi “metáfora” antes da inovação.
(Professor: Ademir Rêgo de Oliveira/1997)