Por que não param?

Por que não param?

Enquanto os fragilizados lacrimam num covil, abarrotados pela dor, e gritam na solidão de um silêncio que não ecoa, os que castram perspectivas e sentem prazer no que destroem, avançam indiferentes e com a apatia própria dos que enxergam os outros apenas como um lixo humano.

Por mais que a história insista em mostrar que os exploradores sempre se repetem com caricaturas diferentes, o povo continua elegendo e seguindo “guias”... ”líderes”... “mitos”... Parece que, raciocinar é algo proibido. É assim em qualquer área onde a intenção e o produto final sejam o lucro. O povo adora entregar o destino e a vida a qualquer um que lhe diga que irá lhe fazer bem. Alguns até pela maldita inocência, e outros, pela preguiça racional. Menos mal este povo faria, se pertencesse a outra espécie animal. Sem ele, não teríamos essas facções que promovem a miséria, triturando os que clamam por justiça. Esses que trituram, usam de muitas artimanhas para convencer, e arrastam os que não resistem a um laço; e por serem incapazes de recorrerem à mente, seguem formando comboios, liderados por infames que, blindados por seus insanos apoiadores, agem com atrevimento e soberba contra quem, de bom senso, não cede a seus caprichos.

O mal maior é causado pelo alienado mental; sem ele, os salteadores não teriam comboios de objetos de lucro para sugar, nem nações para explorar.

Por que não param? Talvez porque os que sofrem sejam frutos do destino de Ismael e Esaú; e os que talham, sejam frutos de Jacó - que trapaceou a bênção do seu irmão primogênito - e dos que tiveram o coração endurecido.

Josué Firmino
Enviado por Josué Firmino em 26/11/2011
Reeditado em 28/02/2022
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