Vilanela

A Vilanela surgiu no século XVI, na Itália, como letra que acompanhava canções napolitanas. Como forma de poesia e de canção, estendeu-se também pela Inglaterra. Depois, aos demais países como expressão poética. No Brasil, talvez por causa da musicalidade dessa modalidade poética, obteve grande apreço dos poetas.

A vilanela é um poema formado por uma quadra e vários tercetos (sem número definido), com versos em redondilha maior (7 sílabas), e a rima alternada (A,B – duas rimas apenas). O primeiro e o terceiro versos da primeira estrofe (quadra) aparecem alternadamente como último verso nas estrofes seguintes (nos tercetos).

Uma variante da vilanela surgiu em Portugal. Começa com tercetos que repetem alternadamente dois versos, que são o 3º e 4º verso da quadra que termina a poesia.

Segue um exemplo de vilanela de minha autoria:



No embalo da serenata 
 
Na noite calma e silente,
Sob este luar de prata,
Voa o coração da gente
No embalo da serenata.
 
Cantiga soa na mente
Amor eterno em tocata
Na noite calma e silente.
 
A cena enche suavemente
Aquela lacuna abstrata.
Voa o coração da gente.
 
Por momentos de repente,
A vida plena desata
Na noite calma e silente.
 
Cada nota comovente
O devaneio arrebata.
Voa o coração da gente.
 
No rosto, o rubor desmente
O que a frieza relata
Na noite calma e silente.
 
O olhar cauto e pertinente
Fala do encontro sem data.
Voa o coração da gente.


Imagem: Google

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