Manipulação da fé
Manipulação da fé
Diante das crescentes dificuldades de sobrevivência, é surpreendente vê a pluralidade de novas religiões e a facilidade com que elas atraem multidões em busca do sobressalto. A cada dia usam novas linguagens e uma delas é: “Deus move o céu inteiro naquilo que o ser humano é incapaz de fazer, mas não move uma palha naquilo que a capacidade humana pode fazer”. Isto é apenas um dos vários jeitos novos de enganar os menos observadores, aqueles que, apressados pela vida, olham, mas não conseguem enxergar os milhões de irmãos, encharcados pela soberba dos altivos, quase já por uma eternidade. Olham, mas não conseguem entender o que é apenas determinação; pois, nos extensos fatos históricos, marcados para “se cumprir”, as ovelhas vagam como palhas ao vento.
Os que veem e não enxergam, não entendem, e assim, os tangedores de comboios vão aperfeiçoando a linguagem para atraí-los de acordo com o que cada rebanho busca.
É importante crê? É. Não quando se crê inocentemente, pois deve-se crê compreendendo e aceitando a dureza com que Ele disse: “Terei piedade de quem eu quiser ter piedade, e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão” (Ex 33:19, 2ª parte); também disse a Moisés: “Farei misericórdia a quem eu fizer misericórdia, e terei piedade de quem eu tiver piedade” (Rm 9:15). E ainda o que diz Paulo: “Portanto, a escolha não depende da vontade ou do esforço do homem, mas da misericórdia de Deus” (Rm 9:16).
Vale a pena perder a inocência? Sim, também tem seus sabores; perde a incapacidade de enxergar por si só, e ganha personalidade própria e a consciência de que, o que pode mover montanhas, é a magia de identificar, assim como Jesus identificou, as artimanhas dos que se apresentam como: bondosos, justos e humanos.