Ir
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Em cada guerra existem apenas dois lados: o de cá e o de lá. Pode envolver-se o mundo todo, mas sempre só haverá o contra e o a favor. Os motivos variam, mas existe sempre uma sede comum entre elas. Tudo pode ser diferente em cada uma delas: épocas, alvos, soldados, motivos, ... tudo, mas a sede é sempre a mesma: o poder. Pouco importa quem vai ou quem fica. Não importa se machuca, se destrói ou sacrifica. Não importa o filho órfão ou a mãe que grita. Tem que ir, passar, chegar. A ordem é atirar e o alvo é o outro, o contra, que como o de cá não passa de um ser usado por um indiferente e frio grupo que tem como objetivo manter o domínio, mesmo que tenha de eliminar quase toda espécie humana; mesmo porque na concepção deles o povo e o policial não passam de instrumentos descartáveis e bonecos protetores.
Mas, se a guerra é natural, se desde séculos antes de Cristo, Deus escolhia os Seus e ordenava que vencessem os outros, temos que admitir que a história universal vem apenas ligando seus pontos pela força da natureza. Em suma: se a vida é um campo de batalha e a ordem é avançar, e se somos atores ou apenas figurantes, só resta a cada um prosseguir, ir ... tentar alcançar.