Silva e Lopes – O Estudo da Gramática

A gramática é a disciplina que orienta e regula o uso da língua, estabelecendo um padrão de escrita e de fala baseado em diversos critérios. O estudo da linguagem, diferentemente de outros estudos, é considerado de acordo com Silva e Lopes, uma ciência, pois seu principal objetivo nesta investigação científica (considerada como tal) é mostrar uma linguagem pode ser caracterizada como científica desmentindo de forma precisa a quantidade de fenômenos que abrange o seu objeto de estudo. Dentro da linguística, é necessário se fazer inúmeras observações de maneira clara e imparcial para que assim, possa se construir, de modo primordial, uma teoria científica e organizar sintaticamente as sentenças de cada língua sem deixar de ignorá-las.

De maneira simples, o lingüista observa efetivamente se essas sentenças são ou não existentes dentro do fenômeno linguístico. Porém, para que isso seja possível, é necessário driblar uma série de características de sentenças existentes com a intenção de formular um princípio padrão para saber exatamente, a existência dessas sentenças. Por meio de um modelo teórico, linguista formula esses princípios e teses, e as postulam para poder ser feita uma simples suposição da existência ou não de entidades ligadas a estes fenômenos linguísticos que estão sendo estudados, além da utilização de conceitos cuja existência pode explicar por que a produção linguística se dá de uma maneira e não de outra. Por isso, o linguista deve ter a disposição de uma metalinguagem apurada garantindo que os princípios elaborados não sejam interpretados de maneira equivoca.

Ao conceituar a gramática, entende-se como um conjunto de regras com um caráter prescritivo que vai descrever se aquilo é certo ou errado. Dentro do ramo linguístico e sintático, tanto o linguista como quanto o sintaticista deve separar aquilo que é e o que não é um fenômeno linguístico através de uma observação apurada descrevendo de modo explícito, o que leva exatamente a ocorrência deste fenômeno. Dentro dessa análise, pode-se perceber que as línguas naturais são um dote único e exclusivo do homem. Por isso, graças a competência linguística da capacidade humana, é possível que todo ser humano é capaz de interiorizar uma ou várias gramáticas. Entretanto, a gramática gerativista está disposta a fazer uma série de reflexões que levam a um tipo de postura desejável, bem como, instigante com relação ao conceito da gramática.

A relação entre princípios e parâmetros visa um estabelecimento geral nas normas e no uso da linguagem em si. O formato desse modelo visa mostrar uma relação existente entre uma sentença e o seu sentido dizendo como estrutura de linguagem vai ser pronunciada e interpretada de maneira semântica. Esse modelo postula que o ser humano possui uma faculdade de linguagem inata, isto é, codifica geneticamente e estruturada de forma modular independente dos mecanismos gerais da inteligência e aprendizagem específica de uma certa linguagem ajudando na melhor compreensão das diferentes línguas em que estão organizadas.

Dentro da aquisição da linguagem, o linguista visa uma abordagem do conhecimento da língua, bem como, os processos que a envolvem. Esse processo é tido como uma formatação da faculdade de linguagem por meio de uma fixação de valores dentro dos parâmetros da gramática universal. O processo de aquisição é considerado como um lugar para a mudança linguística em diversas línguas naturais, pois essas línguas mudam e evoluem ao longo do tempo, contudo, essas explicações são várias e dizem respeito a atribuição de um determinado parâmetro relevante de um valor distinto da gramática provocando essa mudança na língua.

Abdul
Enviado por Abdul em 11/06/2011
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