Glosa
Glosa é um poema, muito utilizado pelos poetas do Nordeste do Brasil, principalmente pelos cantadores em uma ou mais décimas, respondendo a um desafio, expresso em forma de mote, que é geralmente um dístico em versos decassílabos.
O mote se apresenta na glosa mais comumente de duas formas: 1) os dois versos aparecem no fim da estrofe, compondo a rima, que, na maioria das vezes, segue o esquema ABBAACCDDC; 2) o primeiro verso do mote constitui o quarto verso da glosa, e o segundo verso do mote, o último da glosa. O esquema rítmico é semelhante.
Exemplos:
Mote no final
Palavras Caladas
Mote
E os versos que nunca escrevi p´ra ti
Estão prisioneiros no coração.
Mardilê Friedrich Fabre
Glosa
Sufocavam-me palavras guardadas.
Queria livrá-las em poesia,
Seguir pensamentos sem asfixia,
Entoar contigo as horas passadas,
Sorrir das recordações contempladas.
Assim, paralisada de emoção,
Com a caneta inerte em minha mão,
Todos os nossos momentos vivi.
E os versos que nunca escrevi p´ra ti
Estão prisioneiros no coração.
Mote separado
Vazio em meu peito
Mote:
“Se ao longe, a melodia acena,
Vazio cativo em meu peito.”
Denise Severgnini
Glosa:
À noite, é triste a cantilena
Que acalenta o meu aconchego
E restitui o meu sossego.
Se, ao longe, a melodia acena,
Perto, em mim, a paixão serena.
Espero-te, sim, do meu jeito.
Estou só. A derrota aceito.
Permiti que tomasses conta
De minh´alma. Agora estou tonta.
Vazio cativo em meu peito.
Imagens: Google.
Respeite os direitos autorais.
Glosa é um poema, muito utilizado pelos poetas do Nordeste do Brasil, principalmente pelos cantadores em uma ou mais décimas, respondendo a um desafio, expresso em forma de mote, que é geralmente um dístico em versos decassílabos.
O mote se apresenta na glosa mais comumente de duas formas: 1) os dois versos aparecem no fim da estrofe, compondo a rima, que, na maioria das vezes, segue o esquema ABBAACCDDC; 2) o primeiro verso do mote constitui o quarto verso da glosa, e o segundo verso do mote, o último da glosa. O esquema rítmico é semelhante.
Exemplos:
Mote no final
Palavras Caladas
Mote
E os versos que nunca escrevi p´ra ti
Estão prisioneiros no coração.
Mardilê Friedrich Fabre
Glosa
Sufocavam-me palavras guardadas.
Queria livrá-las em poesia,
Seguir pensamentos sem asfixia,
Entoar contigo as horas passadas,
Sorrir das recordações contempladas.
Assim, paralisada de emoção,
Com a caneta inerte em minha mão,
Todos os nossos momentos vivi.
E os versos que nunca escrevi p´ra ti
Estão prisioneiros no coração.
Mote separado
Vazio em meu peito
Mote:
“Se ao longe, a melodia acena,
Vazio cativo em meu peito.”
Denise Severgnini
Glosa:
À noite, é triste a cantilena
Que acalenta o meu aconchego
E restitui o meu sossego.
Se, ao longe, a melodia acena,
Perto, em mim, a paixão serena.
Espero-te, sim, do meu jeito.
Estou só. A derrota aceito.
Permiti que tomasses conta
De minh´alma. Agora estou tonta.
Vazio cativo em meu peito.
Imagens: Google.
Respeite os direitos autorais.