Teorias da Comunicação
Comunicar é mais do que discorrer, é fazer-se entender. Todo ato de comunicação consiste na interação humana, cuja complexidade é dotada de regras as quais devemos conhecer para bem aplicá-las. Consiste no querer, ou seja, desejar essa interação; saber, não apenas no sentido intelectual, mas no sentido de interesse, pois saber é poder; investir na busca pelo conhecimento e observar aquilo que é de nosso interesse, estando “plugado” naquilo que realmente nos interessa. Para tanto, devemos administrar nossa comunicação. Afinal, somos dotados e privilegiados pela razão e pela linguagem verbal.
A Teoria da Comunicação discute entre outros temas, a corrente fundadora das suas teorias, através da qual foram desenvolvidos estudos direcionados à compreensão das consequências da Comunicação de Massa sobre os indivíduos, uma vez que os mesmos se encontram à mercê das mensagens “impostas” pelos meios de comunicação.
O que poderíamos dizer do paradigma funcionalista de Harold Lasswell, que define os estudos de comunicação a partir dos questionamentos: Quem diz? O que diz? Para quem diz? Por qual canal diz? Com que efeito diz? A teoria Hipodérmica baseia-se nos desígnios teóricos behavioristas, na relação estímulo-resposta, procurando compreender a forma como os meios midiáticos controlam o comportamento dos indivíduos. Referente à Teoria Matemática da Comunicação, esta se preocupa, sobretudo, com a possibilidade da utilização, com a maior eficiência possível, dos Meios ou Canais disponíveis, conseguindo-se um máximo de informação e um mínimo de ruídos.
A Teoria Crítica originou-se na Alemanha, levantando duras críticas à sociedade vigente da época, tendo como principais pensadores: Max Horkheimer, Theodor Adorno, Walter Benjamim, Jünger Habermas, Herbert Marcuse. De todo legado deixado por esta teoria, destaca-se o conceito de indústria cultural, a crítica à sociedade vigente da época e a si mesma, visando a emancipação e a libertação do Sujeito Social Agente através da consciência, do conhecimento e do saber.
A mídia, apoderada de seus “poderes silenciosos”, persuade implicando no uso de recursos referentes aos sentimentos, emoções e desejos. Indiretamente, os indivíduos são convencidos pelas estratégias da razão, ou seja, a lógica dos argumentos, cujo objetivo é, de fato, convencer. O que deve ficar claro nesse estudo, é que na existência de um novo paradigma há uma mudança de valores, de hábitos. O poder dos meios de comunicação está no próprio meio e o “silencioso” muitas vezes não é percebido, mas se infiltra entre nós pelos meios mediáticos – a comunicação que se faz através dos “media” com toda a sua tecnologia (microtecnologia). Os indivíduos devem assumir a postura de sujeitos sociais agentes, para que seja possível, mesmo que não seja tão simples, distinguir os paradigmas presentes no LOCUS (lugar) que ocupa na sociedade.
Portanto, não se deve esquecer que os Meios de Comunicação são o meio e o espaço onde a cultura é criada, fortificada, reproduzida e retransmitida. E, ao mesmo tempo, é o meio e o espaço onde é negada, descaracterizada, transformada e dominada.