Ferramentas da Literatura
(definições)
Análise Literária
Catarse
Conotação
Denotação
Epopeia
Estilo
Ficção
Intertextualidade
Leitmotiv
Lira
Literariedade
Polissemia
Semântica
Soneto
Análise Literária
É o estudo da obra enquanto produto de arte. Tem relação com a exegese analítica, que exige o distanciamento emocional da obra em exame.
Catarse
“Purgação, purificação, limpeza. O efeito moral e purificador da tragédia clássica, cujas situações dramáticas, de extrema intensidade e violência, trazem à tona os sentimentos de terror e piedade dos espectadores, proporcionando-lhes o alívio, ou purgação, desses sentimentos.” (Aurélio, 2010)
E até Aristóteles (2007, págs. ), o patriarca da Crítica, nos concede, desde o Olimpo, as suas interpretações.
Conotação
Uso da palavra em sentido figurado, isto é, utilizando-se de figuras de retórica. Na conotação, as palavras aparecem com mais de um sentido, permitindo diversas interpretações. Exemplo:
Meu coração tem catedrais imensas! (Augusto dos Anjos)
Trata-se portanto da relação entre duas ou mais coisas. É o sentido subjacente que uma palavra ou expressão pode apresentar paralelamente à acepção em que é empregada.
É o uso da palavra com um significado inovador, subjetivo, surpreendente:
Colombo! fecha a porta dos teus mares! (Castro Alves)
Um texto conotativo não comporta “exatamentes”, porque exatos se apresentam os textos
denotativos, cujo sentido é um só.
Denotação
Uso da palavra no seu significado básico, objetivo e convencional. Ex.: o dicionário, que apresenta as palavras friamente explicadas, em seu sentido monossêmico. Ali, pau é pau e pedra é pedra.
Denotar é fazer notar; fazer ver; manifestar, indicar, mostrar.
Enriquecendo as definições, Ernani Terra e José de Nicola (Terra & Nicola, 2007) doutrinam:
“Uma mesma palavra pode apresentar diferentes significados, ocorrendo, basicamente, duas situações:
a denotação - a palavra em seu sentido básico, tal como aparece no dicionário.
a conotação - a palavra com seu significado alterado, permitindo diferentes interpretações, sempre dependendo do contexto em que aparece.
"Para a apreensão do sentido conotativo de uma palavra ou de uma frase é necessário que se conheça, primeiro, o sentido denotativo. A conotação é sempre uma extensão da denotação.
A linguagem literária explora o sentido conotativodas palavras, num contínuo trabalho de criar ou alterar o significado já cristalizado.”
Estilo
É o modo de expressar-se de um escritor, ou de um grupo ou período literário.
estilo individual - quando se estuda a maneira de escrever de um determinado escritor, destacando suas peculiaridades estilísticas.
estilo de época – conjunto de características que distinguem as obras literárias de um dado período.
Epopeia
Expõe José de Nicola que:
“A palavra epopeia vem do grego épos (verso) + poieô (faço) e se refere à narrativa, em forma de versos, de um fato grandioso que interessa a um povo. É uma poesia objetiva, impessoal, narrando um episódio heroico da história de um povo.
Ainda segundo ele, são epopeias:
Ilíada e Odisséia – Homero (Grécia)
Eneida – Virgílio (Império Romano)
Paraíso Perdido – John Milton (Inglaterra)
Orlando Furioso – Ludovico Ariosto (Itália)
Jerusalém Libertada – Torquato Tasso (Itália)
Os Lusíadas – Luís de Camões (Portugal)
Caramuru – José de Santa Rita Durão (Brasil)
O Uraguai – Basílio da Gama (Brasil)
Vila Rica – Cláudio Manoel da Costa (Brasil)”
(Nicola, 1999, p. 266-269)
Ficção
“Ficção vem do latim fictionem e significa “ato de fingir, de simular”. É o produto da imaginação, da invenção, da fantasia, da criação.” (Aurélio, 2010)
Intertextualidade
“1. Superposição de um texto a outro.
2. Na elaboração dum texto literário, a absorção e transformação de uma multiplicidade de outros textos.” (Aurélio, 2010)
Leitmotiv
[laitmo’tif] [Alemão, ‘motivo condutor’.] Em Literatura, repetição de um tema ou idéia, com insistência ou frequência.
Lira
Lira era um instrumento musical que acompanhava os cantos dos gregos.
Até o final da Idade Média, as poesias eram cantadas; separando-se o texto da lira, a poesia passou a apresentar uma estrutura mais rica, através da métrica, da rima, do ritmo e da divisão em estrofes.
Literariedade
[De literário + -edade.] Qualidade de literário.
Polissemia
Polissemia (do grego polys + sema) – é a propriedade que a palavra tem de receber mais de um significado, uma interpretação:
- Que avião!
- Mas que gato, hein!
Compare-se com monossemia (mono + sema): qualidade ou fato de uma palavra possuir apenas uma significação.
Semântica
Semântica (do grego semantiké - “a arte da significação”).
É o estudo das mudanças de significação que as palavras sofrem no tempo e no espaço. É o estudo do sentido das palavras.
significante – é a parte material do signo, sendo visível, audível ou tátil. É a parte fônica, ou imagem acústica, de um fonema, ou sequência de fonemas, provido de significação, de sentido.
significado – é a parte ideal (que carrega ideias) do signo, apenas compreensível. O significado corresponde ao conceito ou à noção, ao passo que o significante corresponde à forma.
signo – é a soma do significante e do significado, ou seja, a palavra escrita. Ex.: casa.
Sinônimos de Semântica: Semasiologia, Sematologia e Semiótica.
Soneto
“Soneto - composição poética de 14 versos distribuídos em dois quartetos e dois tercetos. Apresenta sempre uma métrica e uma rima.
Soneto significa originalmente “pequeno som” e foi usado primeiro por Jacopo de Lentini (Itália – século XIII), e difundido por Francesco Petrarca (século XIV).
Dentre os melhores sonetistas de Portugal, destacam-se Camões, Bocage e Antero de Quental.
No Brasil, temos Gregório de Matos, Olavo Bilac e João da Cruz e Sousa, dentre outros.”
Fontes de Consulta:
Aristóteles, Arte Poética. Trad. Pietro Nassetti. Ed. Martin Claret, SP, 2007.
Dicionário Eletrônico Aurélio XXI, 2010.
Dicionário Houaiss Eletrônico. 2005.
Nicola, José de. Língua, Literatura e Redação.Vol. I, p. 266-269. SP, Editora Scipione, 1999.
Terra, Ernani e Nicola, José de. Português para o Ensino Médio, p. 570. Ed. Scipione, SP, 2007.
Tufano, Douglas. Gramática e Literatura Brasileira – Curso Completo. Ed. Moderna, SP, 1996.
(definições)
Análise Literária
Catarse
Conotação
Denotação
Epopeia
Estilo
Ficção
Intertextualidade
Leitmotiv
Lira
Literariedade
Polissemia
Semântica
Soneto
Análise Literária
É o estudo da obra enquanto produto de arte. Tem relação com a exegese analítica, que exige o distanciamento emocional da obra em exame.
A emoção científica preside o ato crítico.
Catarse
“Purgação, purificação, limpeza. O efeito moral e purificador da tragédia clássica, cujas situações dramáticas, de extrema intensidade e violência, trazem à tona os sentimentos de terror e piedade dos espectadores, proporcionando-lhes o alívio, ou purgação, desses sentimentos.” (Aurélio, 2010)
E até Aristóteles (2007, págs. ), o patriarca da Crítica, nos concede, desde o Olimpo, as suas interpretações.
Conotação
Uso da palavra em sentido figurado, isto é, utilizando-se de figuras de retórica. Na conotação, as palavras aparecem com mais de um sentido, permitindo diversas interpretações. Exemplo:
Meu coração tem catedrais imensas! (Augusto dos Anjos)
Trata-se portanto da relação entre duas ou mais coisas. É o sentido subjacente que uma palavra ou expressão pode apresentar paralelamente à acepção em que é empregada.
É o uso da palavra com um significado inovador, subjetivo, surpreendente:
Colombo! fecha a porta dos teus mares! (Castro Alves)
Um texto conotativo não comporta “exatamentes”, porque exatos se apresentam os textos
denotativos, cujo sentido é um só.
Denotação
Uso da palavra no seu significado básico, objetivo e convencional. Ex.: o dicionário, que apresenta as palavras friamente explicadas, em seu sentido monossêmico. Ali, pau é pau e pedra é pedra.
Denotar é fazer notar; fazer ver; manifestar, indicar, mostrar.
Enriquecendo as definições, Ernani Terra e José de Nicola (Terra & Nicola, 2007) doutrinam:
“Uma mesma palavra pode apresentar diferentes significados, ocorrendo, basicamente, duas situações:
a denotação - a palavra em seu sentido básico, tal como aparece no dicionário.
a conotação - a palavra com seu significado alterado, permitindo diferentes interpretações, sempre dependendo do contexto em que aparece.
"Para a apreensão do sentido conotativo de uma palavra ou de uma frase é necessário que se conheça, primeiro, o sentido denotativo. A conotação é sempre uma extensão da denotação.
A linguagem literária explora o sentido conotativodas palavras, num contínuo trabalho de criar ou alterar o significado já cristalizado.”
Estilo
É o modo de expressar-se de um escritor, ou de um grupo ou período literário.
estilo individual - quando se estuda a maneira de escrever de um determinado escritor, destacando suas peculiaridades estilísticas.
estilo de época – conjunto de características que distinguem as obras literárias de um dado período.
Epopeia
Expõe José de Nicola que:
“A palavra epopeia vem do grego épos (verso) + poieô (faço) e se refere à narrativa, em forma de versos, de um fato grandioso que interessa a um povo. É uma poesia objetiva, impessoal, narrando um episódio heroico da história de um povo.
Ainda segundo ele, são epopeias:
Ilíada e Odisséia – Homero (Grécia)
Eneida – Virgílio (Império Romano)
Paraíso Perdido – John Milton (Inglaterra)
Orlando Furioso – Ludovico Ariosto (Itália)
Jerusalém Libertada – Torquato Tasso (Itália)
Os Lusíadas – Luís de Camões (Portugal)
Caramuru – José de Santa Rita Durão (Brasil)
O Uraguai – Basílio da Gama (Brasil)
Vila Rica – Cláudio Manoel da Costa (Brasil)”
(Nicola, 1999, p. 266-269)
Ficção
“Ficção vem do latim fictionem e significa “ato de fingir, de simular”. É o produto da imaginação, da invenção, da fantasia, da criação.” (Aurélio, 2010)
Intertextualidade
“1. Superposição de um texto a outro.
2. Na elaboração dum texto literário, a absorção e transformação de uma multiplicidade de outros textos.” (Aurélio, 2010)
Leitmotiv
[laitmo’tif] [Alemão, ‘motivo condutor’.] Em Literatura, repetição de um tema ou idéia, com insistência ou frequência.
Lira
Lira era um instrumento musical que acompanhava os cantos dos gregos.
Até o final da Idade Média, as poesias eram cantadas; separando-se o texto da lira, a poesia passou a apresentar uma estrutura mais rica, através da métrica, da rima, do ritmo e da divisão em estrofes.
Literariedade
[De literário + -edade.] Qualidade de literário.
Polissemia
Polissemia (do grego polys + sema) – é a propriedade que a palavra tem de receber mais de um significado, uma interpretação:
- Que avião!
- Mas que gato, hein!
Compare-se com monossemia (mono + sema): qualidade ou fato de uma palavra possuir apenas uma significação.
Semântica
Semântica (do grego semantiké - “a arte da significação”).
É o estudo das mudanças de significação que as palavras sofrem no tempo e no espaço. É o estudo do sentido das palavras.
significante – é a parte material do signo, sendo visível, audível ou tátil. É a parte fônica, ou imagem acústica, de um fonema, ou sequência de fonemas, provido de significação, de sentido.
significado – é a parte ideal (que carrega ideias) do signo, apenas compreensível. O significado corresponde ao conceito ou à noção, ao passo que o significante corresponde à forma.
signo – é a soma do significante e do significado, ou seja, a palavra escrita. Ex.: casa.
Sinônimos de Semântica: Semasiologia, Sematologia e Semiótica.
Soneto
“Soneto - composição poética de 14 versos distribuídos em dois quartetos e dois tercetos. Apresenta sempre uma métrica e uma rima.
Soneto significa originalmente “pequeno som” e foi usado primeiro por Jacopo de Lentini (Itália – século XIII), e difundido por Francesco Petrarca (século XIV).
Dentre os melhores sonetistas de Portugal, destacam-se Camões, Bocage e Antero de Quental.
No Brasil, temos Gregório de Matos, Olavo Bilac e João da Cruz e Sousa, dentre outros.”
Fontes de Consulta:
Aristóteles, Arte Poética. Trad. Pietro Nassetti. Ed. Martin Claret, SP, 2007.
Dicionário Eletrônico Aurélio XXI, 2010.
Dicionário Houaiss Eletrônico. 2005.
Nicola, José de. Língua, Literatura e Redação.Vol. I, p. 266-269. SP, Editora Scipione, 1999.
Terra, Ernani e Nicola, José de. Português para o Ensino Médio, p. 570. Ed. Scipione, SP, 2007.
Tufano, Douglas. Gramática e Literatura Brasileira – Curso Completo. Ed. Moderna, SP, 1996.