Em Outubro, "Relato de Prócula" estará em discussão na OFICINA DE CRIAÇÃO LITERÁRIA DE ESDRAS DO NASCIMENTO

SOBRE A OFICINA DE CRIAÇÃO LITERÁRIA DE ESDRAS DO NASCIMENTO

rivagar@uol.com.br para mim

mostrar detalhes 12 set (1 dia atrás)

Olá, WJSolha:

tudo bem?

Sou psicanalista e estou na Oficina desde Agosto/2005.

A Oficina de Criação Literária de Esdras funciona em torno de Contos e Romances de escritores nacionais e estrangeiros.

A partir da proposta de "Como ler e escrever contos e romances", nos reunimos nos últimos meses com os contos de Victor Giudice e o romance inacabado "Do catálogo das Flores".

Discutimos a feitura dos contos e do romance desde a construçõa dos personagens, da linguagem utilizada, narradores, ambiência, etc, sempre com o objetivo de que cada um possa avançar como escritor diante do próprio texto.

Antes, lemos "Os loucos" de Octávio de Faria, livro integrante de Tragédia Burguesa, a grande obra literária do autor.

Com Otávio, Esdras propos um exercício, outra faceta da Oficina: após escolher um dos tantos aspectos do romance, cada participante escreveria um conto.

Após o conto ser submetido à Oficina, o conto seria reescrito e novamente submetido à Oficina.

Escolhi a figura do narrador e o tema da descoberta da sexualidade; escrevi o conto, e já apresentei 2 vezes na Oficina.

Incluí o conto no livro , ainda inédito, "O cheiro da pele depois da chuva".

Vou inscrever o livro no Prêmio Sesc de Literatura 2009.Tentei no ano passado, mas não fui escolhida. Injustiça, com certeza.

Mas como premiações servem mais como adereço e não justificativa para a escrita, sigo no trabalho de ecritora.

No momento, estou às voltas com o primeiro romance.

Bem, de volta à Oficina.

Em Outubro, "Relato de Prócula" estará em discussão.

A leitura dos romances e contos visa a construção do próprio texto, como eu dis se. Com a Oficina, a leitura ganha nova dimensão, não só para a leitora, como para a escritora.

A proposta envolve apontar aspectos positivos e negativos no texto, se possível, desconstruir ao máximo o processo de Criação do autor.O texto serve como referência para a análise, sem pretensão de fazer crítica literária, se bem que às vezes chegamos perto.

O ponto alto da discussão acontece quando conseguimos nos reunir com o autor. Recente recebemos Deonísio da Silva e Carlos Trigueiro.

O trabalho de Esdras na Oficina é conduzir a discussão, da melhor maneira possível. A regra de ouro: o texto pelo texto. Mesmo com os autores consagrados, sobretudo com os autores iniciantes da Oficina.

Em geral, a estrutura da Oficina segue os livros sugeridos por Esdras, mas aceita-se palpites.

Sugeri em seguida aos contos do Victor os de Raymond Carver.Como há duas versões de alguns dos contos nos livros "INiciantes" e "Short-curts, cenas da v ida", veremos como a função do corte operou no texto original do autor.

Aliás, no trabalho da Oficina, também empregamos a técnica do corte, e imaginamos como seria o texto com as modificações sugeridas, mesmo nas obras já impressas e consagradas.

Bem, espero ter ajudado nas perguntas de O que, Como, Por que, Onde.Qualquer novidade, é só escrever.

Abraços,

Adriana Riva

Oi,

Acabo de ler o texto da Adriana Riva sobre o que fazemos na oficina.

Qualidade excepcional. Depoimento - que poderá vir a ter importância histórica - de grande escritora em início de carreira.

Futuro confirmará - tenho certeza - essa minha impressão.

Creio que vale a pena divulgá-lo.

Um abraço.

Esdras

wjsolha@superig.com.br > escreveu:

É fascinante como, depois de tantos anos nesse trabalho de formação de leitores e autores, você conserva o entusiasmo intacto pelo que faz. Isso, evidentemente, deve motivar seus pupilos de um modo excepcional.

2009/9/13 <esdrasn@uol.com.br

esdrasn@uol.com.br para mim mostrar detalhes 00:25 (6 horas atrás)

Oi,

Na ofic ina não há cursos, nem professores, nem pupilos. Sou contra

tudo que significa organização, compartimentalização, palacianismo,

graus honoríficos, comendas, academias, ongs, hierarquias. Somos um grupo de escritores de idades diversas, formações diferentes, partilhanddo experiências únicas e pessoais de criação e com isso nos enriquecendo. O texto da moça é um ato de fé nesses princípios: a afirmação de um trabalho que merece respeito e admiração e que deve prevalecer desde a primeira linha que se escreve na vida. Respeito à palavra, à criação. Chute na bunda das instituições. Esse texto deve ser espalhado pelo mundo. Como um ato de fé.

Um abraço.

Esdras

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WJ Solha

Douglas Lara
Enviado por Douglas Lara em 17/09/2009
Código do texto: T1816232