Fábula! - A Chuva e o Sol! -

A Chuva e o Sol!

Era um dia de primavera,

quando a chuva tempestuosa,

veio a cair.

Ai fitando o sol,

entrelaçado pelas nuvens,

exclamou radiante, pôs-se a sair.

"Oh sol! Sol da manhã!

Raios que deslumbra sobre a terra,

na tenacidade de seu calor,

bronseia e perfuma com furor,

ardente, fervescente,

exalando suor...

Inala o aroma dos céus!

Como és belo! Quanto eu admiro,

pelo brilho radiante,

que teu florescente raio contém...

mais que o cristal,

tu nem sentes o fatal,

inovado cheiro lascivo e total!

Força criadora que irradia,

pela magia do Criador em dia,

enquanto adormeces ao anoitecer,

o espaço a estrelar o universo cerder,

como arte garantindo o amanhecer,

vibrações por todo tempo até entardecer!"

Então lisonjeado, afogado pelo brilho,

o Sol radiante, contagiante,

assim respondeu:

"Ingrata és tu, oh Chuva!

Por que não enxerga a tua grandeza?

Ai! Não vê que somos fenômenos presentes!

Tu nao sabes o quanto me excedo,

sofrem animais, mares, plantas e

tudo que fora criado,

neste mundo dourado,

sem falar nos amigos da natureza,

embasado pela grandeza,

sem o ar excretado!

Respingos, gotas, enxurrada,

cai como orvalho na virada,

me cobre, ressalta, exuta.

Afeição a tudo se alicia,

de inteira celebridade acaricia,

o universo conciso e em concordancia.

Embriaga a atmosfera aferrada,

pelo prazer contínuo vivenciada,

Deus de tudo determinara!

Eu queimo - Tu descansas!

Eu brilho calor - Tu refresca a imensidão!

Tu és alívio - Eu sou o outro lado Teu para enaltecer!

Rosangela Nunes
Enviado por Rosangela Nunes em 12/09/2009
Código do texto: T1805479
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