A PARÓDIA
Paródia é "uma imitação cômica de uma composição literária".
É a recriação crítica, com intenção caricata ou satírica.
O texto existente, além de ser um ponto de partida, ainda permanece nas entrelinhas do texto recriado, sem que se perca o efeito ou a percepção na paródia resultante.
Toma-se um texto original e modifica-se o seu sentido de modo que vire uma reflexão crítica.
Os programas humorísticos fazem uso dessa arte, frequentemente, onde os discursos políticos são abordados comicamente e contestados, provocando risos e uma reflexão a respeito.
Deste modo, ao nos basearmos em um texto já existente e construirmos outro, teremos uma paródia.
Como escrever uma paródia?
Escolhe-se um texto geralmente célebre, conhecido, consagrado; insere-se nele um caráter contestador, irônico, zombeteiro, crítico, satírico, humorístico, jocoso; dando-lhe assim, um novo sentido... O resultado será a paródia.
Constrói-se assim, um desvio em relação ao texto parodiado com insubordinação crítica e cômica.
A paródia também ocorrer com outras formas, além de textos: em música, pintura, filme, novela...
Todas as vezes que uma obra fizer alusão à outra obra, ocorre intertextualidade.
Sendo a intertextualidade, o "diálogo" entre textos, onde eles pressuponham um universo cultural muito amplo e complexo, a paródia seria de certa forma, uma referência, uma interação, um quase dueto satírico, com o texto já existente. E poderá ser oral ou escrito.
Partindo da intertextualidade, a paródia é um intertexto que resultou de um texto original.
Podemos concluir de forma jocosa, que paródia é o texto “genérico”.
Segundo a lei brasileira sobre direitos autorais, lei 9.610/98 Art. 47, são livres as paráfrases e paródias que não forem verdadeiras reproduções da obra originária nem lhe implicarem descrédito.