PARÁFRASE: UMA IMPORTANTE ATIVIDADE
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Para o Escritor Iniciante
Parafrasear é reproduzir um texto original, através de suas palavras, sem alterar-lhe o sentido, isto é, mantendo as idéias originais. Isso quer dizer que embora você redija com suas palavras e estilo próprio, devem ser seguidos os passos do texto original sem que se percam informações indispensáveis à compreensão ou a interpretação.
É um tipo de atividade muito importante para quem está começando no ofício de escriba. Pois permite ao escrevedor praticar os mecanismos de busca de sinônimos e de outras estruturas possíveis para a mesma frase, sem se preocupar com o como começar, o que dizer e como continuar. E isso traz melhoria no desempenho da escrita.
A paráfrase não é sinônimo de resumo. Enquanto o resumo privilegia a síntese, a paráfrase se propõe a traduzir o texto original, podendo até ser maior ou menor que o texto parafraseado.
Também não é sinônimo de paródia, esta é a imitação de uma obra, tendo como veículo o humor para distorcer ou criticar as idéias originais. A paródia foi grandemente usada pelos autores modernistas para criticar obras consagradas da literatura brasileira. Mario de Andrade, por exemplo, parodiou o romance A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães, com o livro A Escrava que não era Isaura.
A paráfrase não deve ser confundida com o plágio porque seu autor explicita a intenção e deixa claro a fonte.
O poema mais parafraseado, parodiado e estilizado em toda literatura brasileira é, possivelmente, a “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias, poeta do século XIX. Abaixo, como exemplo, a primeira estrofe do poema e de sua respectiva paráfrase:
Texto Original
“Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.”
(Canção do exílio, Gonçalves Dias)
Paráfrase
“Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras
onde canta o sabiá!”
(Carlos Drummond de Andrade, em Europa, França e Bahia)
O poeta Carlos Drummond de Andrade transpõe o texto primitivo conservando suas idéias, que é a saudade da terra natal. ®Sérgio.
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Agradeço a leitura e, antecipadamente, qualquercomentário.
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