Ppntos convergentes e divergentes entre a LÍNGUA PORTUGUESA e a LÍNGUA INGLESA.
Não poucos são os colegas docentes que
lecionam Inglês que são frontalmente contrários à iniciativa de se tentar criar paralelos entre a estrutura morfológica e/ou sintática entre idiomas diferentes (e aí se insere Português / Inglês), já que,
- obviamente - cada idioma tem suas próprias particularidades.
Porém, como experiência - que acabou su-
perando positivamente as expectativas -, adotamos essa prática : elencar para os alunos os "pontos comuns" entre o Português e o Inglês, assim como aqueles em que eles - Português e Inglês - se distanciam, na tentativa de convencer esses alunos de que "Inglês
não é bicho-papão".
E por que adotamos tal sistemática ? Por
vermos a enorme dificuldade, em meio a um contraditório grande in-
teresse, o enorme bloqueio de grande parte do alunado para o aprendizado da língua inglesa. Após ouvir e refletir sobre as "particularidades" da língua inglesa (conforme abaixo exposto), es-
ses alunos se "desarmaram" e o bloqueio foi, de uma certa forma, minorado. E o resultado é que passaram a interessar-se um pouco mais pela língua inglesa (com o quê, achamos que, pelo menos, par-
te do objetivo nosso foi atingido). Até na parte oral (onde o bloqueio era mais acentuado) verificamos um significativo progresso. Ainda continuam meio arredios, meio na defensiva, para praticarem a parte oral, mas, quando se dispõem a tal, já o fazem bem menos "travados". E, se temos alguma correção a fazer a respeito dessa sua participa-
ção oral, procuramos evitar demonstrar que erraram.
Este é o resumo das "Particularidades
básicas da língua inglesa" que temos apresentado a eles :
(Colegas professores de língua inglesa, caso
haja alguma impropriedade no todo ou em parte aqui abordado, por gentileza, manifestem-se. Será de grande valia. Na qualidade de gra-
duado em Letras - licenciatura plena - temos habilitação para lecionar esse idioma, mas somos humildes o suficiente para reco-
nhecermos que, em Inglês, não temos a mesma desenvoltura de ensino como ocorre com a língua portuguesa. Aguardo, pois, seus comentários e críticas sobre o que será discorrido neste encontro. Obrigado!)
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1. O QUE HÁ DE COMUM ENTRE AS DUAS LÍNGUAS :
As frases ou "expressões idiomáticas" (aquele tipo de frase ou
expressão que não pode ser traduzida palavra por palavra.)
Ex .:(em Português) : A expressão consagrada "Pintar o sete",
que não significa que o algarismo 7 foi desenhado e que deverá
ser pintado. Esta expressão que significa : tumultuar, "bagunçar",
etc, É UMA EXPRESSÃO IDIOMÁTICA, porque as palavras não
foram traduzidas uma a uma isoladamente, mas sim, no conjunto.
Ex.: (em Inglês) :A expressão "what about?", que, a princípio (ao
"pé-da-letra") significaria "o que a respeito?", não é assim tradu-
zida, mesmo porque, com tal tradução, essa expressão não teria
sentido algum. Seu significado real PELO CONJUNTO DAS DUAS
PALAVRAS E NÃO UMA A UMA é : "que tal?", como nesta frase :
"What about my hair" ? ("que tal meu cabelo?").
Portanto, essa expressão inglesa, como outras tantas, é chama-
da - e muito usada - de "expressão idiomática" , porque foge à
tradução "lógica".
SOBRE ESSE TÓPICO, destacamos que ele talvez seja um dos
grandes dificultadores para o aprendizago da língua Inglesa ,
já que é imensa a relação dessas "expressões idiomáticas" .
2. PONTOS DIVERGENTES :
2.1 - Se na Língua Portuguesa uma das grandes dificuldades
está na memorização de tantas regras referentes à ACENTUA-
ÇÃO GRÁFICA, tal preocupação deixa de existir na Língua Ingle-
sa, ONDE AS PALAVRAS NÃO SÃO ACENTUADAS (exceto se o
termo for de outro idioma e nesse idioma ele contiver acento)
Ex.: (hipotético) : A palavra "AÇAÍ". Em Português, é acentuada,
conforme regra específica (regra do hiato...). Se essa palavra
não fizesse parte da língua inglesa e houvesse a necessidade de ela
vir a ser usada, a recomendação é que fosse mantida a grafia
original (conforme é escrito no Brasil).
2.2 - Se na Língua Portuguesa só raramente usamos as letras K, W
e Y, na Língua Inglesa, essas letras estão presentes na maioria das
palavras ("yellow", "Kart", etc.).
Bem, como este assunto é relativamente longo,
vamos - como de praxe - discorrê-lo "por partes".
O.K ? Aguardo-os em nosso próximo encontro"