Chuva fina
Chama as vagas do medo,aflora a rama alada
Caminhava trilhando a campina ilusória
O perfume da brisa em tardes claras.
E o pássaro canoro inspira as notas raras
No telhado do tempo e da memória...
A brisa quebra as conjecturas do segredo.
Capricho por capricho,infinda fase etária
Exprime de exprimir,as faces da campina
Seduz por seduzir.(A chuva fina...)
Fulguras de fulguras,a exausta plenária.
De traçados incertos das coisas terrestres
(Uma pérola branca ou morenas sedosas)
-- O perfume das Flores da Montanha --
E a chuva fina -- as faces graciosas...
Ouvem-se o cântico dos pássaros silvestres.
Momento por momento,ungi o ciclo surreal
Vivenda de vivenda,exibe cores quentes
Prazer por sedução.(Taças ardentes...)
Brotam-se como vidas,quase o sonho real...
Suspira um sono hausto,exala em segredo
E a chuva fina do sagrado manto...
E as flores cinderelas em rotas primeiras.
E a alvacenta camada... -- Asas Solteiras... --
Neblinas no rochedo,extremo sacrossanto
Como o sonho do medo,a eterna flora amada!
Julio Moreira
Contrastes . poesias