CINEMA E POESIA __ SONETO DE SHAEKESPEARE (Nº 12)__ "O HOMEM QUE COPIAVA"
Tentamos tradução-versão.
( A considerar que é Obra Plural ).
É o Soneto nº 12 de Shaekespeare, uma das estrelas do
filme "O Homem que Copiava" ___tão bem feito e com A-
ções tão bem estrelado.
Para a Maioridade do Brilho, tentando estender a rique-
za que é o tesouro pecúlio comum pérola de Humanidade
( e brilho de pensamento ), venho aqui colocar o original,
a versão clássica de Jerónimo de Aquino (Sonetos __Wil-
liam Shaekespeare___Martin Claret ___Texto Integral ) e
uma mais recente ( Ana Mariano ___ Sonetos de Shaeks-
peare___Faça Você Mesmo __Ed. Objetiva__vários auto-
res___vendas revestidas para a UNICEF __ seja você um
Soneto Vivo ! Colabore , que vale a pena !...).
Lá no finzinho minha tentativa de versão que tenta en-
riquecer essa bela roupagem (pois fala de Costura do Tem-
po ).
O Tempo costura, descostura : mas a Poesia permane-
ce !...
Pois aí vai com linha e agulha de Poesia.
Abraços Sunny
SONETO Nº 12
William Shaekespeare
When I do count the clock that tells the time
And see the brave day sunk in hideous night;
When I behold the violet past prime,
And sable curls, all silvered o'er with white;
When lofty trees I see barren leaves,
Which erst from heat did canopy the herd,
And summer's green all girded up in sheaves,
Borne on the bier whit white and bristly beard,
Then of thy beauty do I question make,
That thou among the wastes of time must go,
Since swweets and beauties do themselves forsake
And die as fast as they see others grow;
And nothing 'gainst Time's scythe can make defence
Save breed, to brave him when he takes thee hence.
SONETO Nº 12
JERÓNIMO DE AQUINO
Quando vejo escoar-se a areia da ampulheta.
E fazer-se atra noite a diurna luz fagueira;
Quando vejo passar a vida da violeta
E cobrir-se de prata a ondulada cabeleira;
Quando sem folhas vejo as árvores antigas,
Em horas de calor para abrigo buscadas,
E as relvas outonais, áureas, duras estrigas,
Como em fúnebre coche, em feixes carregadas,
Penso, muito apreensivo, em teus enlevos tantos,
Porque as fúrias do Tempo é fatal que os devassem,
Do Tempo destruidor de primores e encantos,
Que morrem tão depressa assim como outros nascem,
Do Tempo destruidor, contra cuja potência
Só um eficaz poder existe: a descendência.
SONETO N° 12
ANA MARIANO
Quando o relógio dobra o tempo em badaladas
E vejo o dia jovem afogar-se em noite;
Quando observo as violetas já fanadas
E dos negros cachos a prata ser enfeite
Quando das folhas se desnuda o arvoredo
E o rebanho nele já não encontra abrigo
Quando o verde do verão parte em degredo
E na carreta é barba de um rosto antigo
Da tua formosura eu busco o sentido,
Pois no rastro do tempo ela vai partir,
Eis que todo belo se esvai ou é banido
Veloz fenece ao outro ver surgir,
Contra a foice do tempo não terás defesa
Só a força de um filho o faz soltar a presa.
SONETO N° 12 ( A COSTURA DO TEMPO )
Jorge Sunny
Quando a contar...os passos...o relógio ir do tempo
vejo eu o firme dia em noite horrível ir-se
quando da violeta idos os __viços!__ eu contemplo
e cachos de negros fios ___todos de prata ___
/ tingir'-se ...
Quando, árvores altivas despidas as vejo de roupas
suas folhas (rasgadas!) tão cobiçadas , (repastos para
/ a manada !)
e, igual modo ___verde o verão ___ em rasgo, sem
/ dentes à velha boca
e, cingidas por desfalecimentos, brancas-cortadas
/ ___as...longas barbas...
Eis que então incomodado: te Penso ___Beleza ___
/ questiono ___ és Segura ?!
Ingrato o Tempo te leva em silêncio ___rasga-te!___
/ ao seu dispor, flor
Doçuras, formosuras, enfeites__ derramados leites__
/ os/as desfaz a cova ___descostura...
Nada permanece ___ e o Tempo destece , outras as
/ flores a se repor(em)
Só um elo, sincero, seguro ___ a isto quebra, que une,
/ preserva :
Esperança, Costura Eterna de Filhos ___concreta (e)
/ ____ com pontos de Primaveras !...
Abraços mui shaekespereanos
do
Amigo Sunny .