REGRAS BÁSICAS

REGRAS BÁSICAS DO SONETO CLÁSSICO

SONETO : pequena canção ou pequeno som.

ESTRUTURA:

Todo o soneto obrigatóriamente tem que ser clássico. E, assim sendo, é constituído de catorze estrofes (linhas) assim distribuídas: dois quartetos e dois tercetos, isto é, os primeiros dois versos com quatro estrofes e os dois últimos, com versos de três estrofes cada.

RIMA

Em todos os sonetos a rima é imprescindível, como foi originalmente escrito (inventado) pelos italianos Giacomo de Lentino e Pier della Vigne, poetas cicilianos (em fins do século XII).

Rimam os quartetos entre si e os tercetos entre si.

A RIMA pode ser: a primeira estrofe com a quarta do mesmo quarteto, e, estas, rimar com as duas estrofes do segundo quarteto (2ª e 3ª) e vice-versa – a 2ª e a 3ª do segundo quarteto com a 1ª e a 4ª do primeiro quarteto. Assim: amor – chorar – falar – dor - -- - sangrar – calor – ardor – singrar.

PODE SER, também, rimado alternadamente, assim: amor – chorar – dor – falar – calor – sangrar – ardor - singrar, tanto nos quartetos como nos tercetos.

MÉTRICA:

Os sonetos não clássicos ou simples, ou, ainda, brasileiros, são assim denominados porque, embora tenham a estrutura comum aos sonetos, mas não têm a métrica dos clássicos.

OBSERVAÇÃO: O edtor Gersi Alfredo Bays, mestre em sonetos, diz em seus conceitos escolares, enquanto professor de língua portuguesa que, ou é classico o soneto ou não é soneto, embora comtenha a forma e preencha os demais requisitos. Isto é, tenha 2 quartetos e 2 tercetos rimando entre si. Portanto: não tendo métrica, não é soneto.

O soneto é clássico quando tem estrutura, rima, e métrica.

O que é métrica? são o número de sílabas – poéticas – de que se compõe cada estrofe.

Ele pode ser DECASSÍLABO ou ALEXANDRINO. Decassílabo é um soneto com dez sílabas poéticas por estrofe.

(Segundo o professor Bays, poder perfazer os clássicos sem margem de erro, os formados com qualquer métrica, inclusive de rdontilha maior ou redondilha menor).

O assim chamado soneto alexandrino é o que tem doze sílabas por estrofe.

Tanto um como o outro são sonetos clássicos.

Para se medir (ou contar) as sílabas poéticas (da métrica) usada para a composição do soneto, há de se contá-las da mesma forma como as pronunciamos. Uma sílaba poética não corresponde à sílaba gramatical. Assim na frase: “a al-ma é a at-mos-fe-ra do cor-po”, gramaticalmente tem dez (10) sílabas. A mesma frase, quando a usássemos numa estrofe de um soneto, teria somente sete (07) sílabas, assim distribuídas: “ a al-ma é a at-mos-fe-ra do cor-po – OU – O ho-mem “ “Deus dá ao ho-mem”

Outra coisa: as palavras proparoxítonas que gramaticalmente são classificadas como sendo de três (3) sílabas, (frequência, por exemplo) no soneto formam uma só sílaba após o assento tônico, por causa, exatamente, da pronúncia dessas palavras. Por exemplo: “pronúncia”, “Mário”, “água”, “tábua”, “sequência” etc. Equanto que "Maria", por ser uma palavra paroxítona, gramaticalmente, em seu uso poético conta-se por três (3) sílabas, assim: Ma-ri-a.

Por eu ser um sonetista mais ou menos sem expressão, ao elaborar estas regras que possam orientar a quem deseja construir sonetos, posso ter esquecido algum ponto de máxima importância. Mas, com um pouco de sorte o poeta já terá uma noção de como construí-los

Outra coisa que muito ajudam nessa construção são as metáforas. Elas são úteis para dar beleza o cadência à poesia (musicalidade).

A musicalidade ficará por conta do poeta, que imprimirá a melodia nos seus versos, usando palavras “poéticas” especiais, essêncialmente usadas no corpo da poesia..

Embora pobre, estas regras foram compiladas para quem interessar possa.

Texto de Afonso Martini

29/07/10

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 29/07/2010
Reeditado em 31/01/2011
Código do texto: T2407165
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