Análise Literária do poema “A Minha Tragédia”, de Florbela Espanca
Entre as várias produções poéticas, de escritores portugueses contemporâneos, foi escolhido uma entre as várias da poetisa Florbela Espanca, devido ao fato de elas possuírem “o caráter essencialmente musical da poesia, designadamente a lírica, cujos elementos característicos são: o ritmo; (...) a melodia (...) e a harmonia” (CORTEZ e RODRIGUES, 2009: p. 80), bem como pelas escolhas da autora com relação à temática e a retomada do soneto como forma adequada para organizar os sentimentos do eu-lírico, que, por vezes, confundem-se com os da própria poetisa. Dessa forma, tornou-se necessário delimitar o objeto a ser analisado, segundo Zappone (2005: p. 183), já que:
"A literatura e, por consequência, a poesia agregam em si o fato se serem formas de elaboração de linguagem na qual há ficcionalidade, em que a linguagem aparece de forma integrada, de modo a voltar-se para si mesma e, finalmente em que prevalece a função estética".
Em decorrência disso, procura-se desconstruir um dos poemas de Florbela Espanca, pertencente ao Livro de Mágoas, de 1919, de modo que seja possível alcançar uma melhor compreensão do sentido global acerca do poema selecionado. Para tanto, os estudos serão baseados em alguns pressupostos teóricos de análise literária, tais como os:
"(...) três níveis de análise poderão ser considerados: o fônico (rima, ritmo, fonemas dominantes, aliterações, alternâncias, repetições, pontuação etc.), o morfossintático (tipos de frases, ligações sintáticas, categorias das palavras, como verbos, substantivos, adjetivos, entre outras) e o nível semântico compreendido pela conotação, denotação, ambiguidade, polissemia, redundância e figuras de estilo. Essas fases complementam-se com a redação de um texto em que se ressaltará claramente a ligação entre cada uma das etapas da análise feita". (CORTEZ e RODRIGUES, 2009: p. 89)
Diante do exposto, o trabalho tem por objetivo destacar, analisar e explicitar alguns dos recursos poéticos contidos no soneto “A minha tragédia”, transcrito abaixo, de modo que se torne possível relacionar forma e conteúdo, já que tais recursos são os responsáveis por estabelecer a significação global do texto.
A minha tragédia
Tenho ódio à luz e raiva à claridade
Do sol, alegre, quente, na subida.
Parece que a minh’alma é perseguida
Por um carrasco cheio de maldade!
Ó minha vã, inútil mocidade,
Trazes-me embriagada, entontecida!...
Duns beijos que me deste noutra vida,
Trago em meus lábios roxos, a saudade!...
Eu não gosto do sol, eu tenho medo
Que me leiam nos olhos o segredo
De não amar ninguém, de ser assim!
Gosto da Noite imensa, triste, preta,
Como esta estranha e doida borboleta
Que eu sinto sempre a voltejar em mim!...
Este poema foi extraído do livro "Sonetos", de 2005, de Florbela Espanca, obra onde os textos são compostos por soneto. “A minha tragédia” é uma composição de forma fixa caracterizada por dois quartetos e dois tercetos, formando um soneto, composto de quatorze versos.
Nota-se que as estrofes são constituídas por versos decassílabos, ou seja, com dez sílabas poéticas. Outro ponto a ser destacado é que não há uma regularidade nas sílabas tônicas, isto é, os limites rítmicos, identificados no interior de cada verso, estão distribuídos pelo poema todo, havendo uma alternância das sílabas fracas e fortes entre os versos. Assim, é possível perceber cesuras que se dão nas 2ª, 6ª e 10ª sílabas, E.R: 10(2-6-10), e outras nas 4ª e 10ª silabas, E.R: 10(4-10), de modo alternado, como pode ser depreendido pela observação da primeira estrofe:
Te / nho ó / dio à / luz / e / rai / va à / cla / ri / da / (de) A
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Do / sol, / a / le / gre,/ quen / te,/ na / su / bi / (da.) B
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pa / re / ce / que a / mi / nh’al / ma é / per / se / gui / (da) B
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Por / um / car / ras / co / che / io / de / mal / da / (de!) A
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Como se vê acima, nota-se que as posições das rimas ocorrem no final dos versos, ou seja, elas se repetem em sons idênticos na parte externa das estrofes. Assim, diante da coincidência total de sons a partir da última vogal tônica de cada um dos versos que rimam como “claridade / maldade”; “subida / perseguida”; “mocidade / saudade”; “entontecida / vida”; “medo / segredo”; “preta / borboleta”; “assim / mim”, pode-se dizer que estas rimas são, respectivamente, consoantes e graves.
Além disso, convém destacar que as distribuições das posições das rimas que ocorrem na 1ª e 2ª estrofes privilegiam o esquema ABBA, sendo que as primeiras “A” podem ser caracterizadas por rimas interpoladas e as segundas “B”, emparelhadas. Aproveitando para comparar os termos que rimam, é possível dizer que, pela extensão dos sons que rimam, as rimas de “A” e “B” são pobres segundo o critério gramatical, pois possuem classe gramatical semelhante, sendo eles substantivos e verbos, respectivamente. No entanto, pelo critério fônico, observa-se que as rimas de “A” são ricas, pois a igualdade de sons entre as palavras que rimam se iniciam antes da vogal tônica, assim assimiladas: “mocidade / saudade”, já que a identificação se origina desde o “d”, consoante de apoio do “a”.
Já com relação para a 3º estrofe, nota-se que as rimas estão distribuídas seguindo o esquema CCD, e para a 4º estrofe, o esquema EED, caracterizando-as por rimas misturadas. Nesse esquema, pela extensão dos sons que rimam, verifica-se que às rimas de “C” e de “E”, destacadas em negrito, são consideradas pobres tanto pelo critério gramatical como pelo fônico, já que pertencem à classe gramatical semelhante, isto é, substantivos. Isso, entretanto, não ocorre com as rimas “D”, já que estas, em parte, podem ser consideradas ricas pelo critério gramatical, por se tratarem das classes gramaticais advérbio e pronome pessoal, diagnosticadas em vermelho:
Eu não gosto do sol, eu tenho medo C
Que me leiam nos olhos o segredo C
De não amar ninguém, de ser assim! D
Gosto da Noite imensa, triste, preta, E
Como esta estranha e doida borboleta E
Que eu sinto sempre a voltejar em mim!... D
Ao se observar o vocabulário utilizado no soneto “A minha tragédia”, pode-se dizer que houve o emprego de substantivos tanto abstratos quanto concretos, principalmente pertencentes ao campo lexical da existência real e/ou dos sentimentos como “saudade”, “medo”, “maldade”, “segredo”, “beijos” e “sol”, “lábios”, mocidade”, borboleta”, “olhos”, sendo que o sentido figurado das palavras predominou em relação ao sentido denotativo. Também, percebe-se o grande uso de adjetivos, aos quais predominam o morfema flexional de gênero feminino “a”, com exceção dos adjetivos triste e inútil que são atemáticos, e o modo como ela explora mais intensamente os vocábulos, também, do gênero feminino, como ocorre em “mocidade” (vã, inútil), “noite” (imensa, triste, preta) e “borboleta” (estranha e doida).
Já para o uso das vogais, observa-se um predomínio das vogais consideradas fechadas e das nasalizadas, sendo que o uso da primeira contribui para indicar a tristeza, o sofrimento, a melancolia e a inquietude do eu-lírico, e o uso da segunda contribui para representar o choro, o gemido e, também, o sofrimento do mesmo. Além disso, há a utilização das simbilantes, que, por sua vez, contribuem para significar a representação da vida, a situação do eu-lírico do poema.
Ao nível da sintaxe e pontuação, verifica-se que cada quadra engloba duas frases, permitindo “a construção sintática especial que liga um verso ao seguinte, para completar o seu sentido”, ou seja, o encadeamento. Diante disso, pode-se dizer que as frases terminam com pontos de exclamação, devido ao fato de que tal recurso contribui para revelar, principalmente, tanto os estados de alma do eu-lírico, sua condição existencial e seus desejos quanto contribuir para que a conclusão do poema tenha um tom elevado e marcante, assim comprovados: (“Por um carrasco cheio de maldade!“, “Ó minha vã, inútil mocidade / Trazes-me embriagada, entontecida!...”, “Que eu sinto sempre a voltejar em mim!...”).
Outro ponto que merece destaque é o fato de que esse soneto constitui-se, também, de verbos expressivos de estado, os quais contribuem para sugerir uma idéia de presentificação e estaticidade do eu-lírico no poema. Para tanto, os verbos aparecem no presente do indicativo (Tenho, é, Trazes, sinto), e também no infinitivo oferecendo a idéia de prisão do ser pessoa e de sua atitude (ser, voltejar), sendo que a utilização em ambos, tempo e modo verbal, podem estar sugerindo, também, a expressão de uma propriedade, ou seja, de uma condição em que o eu-lírico se encontra, ou quer transmitir, ou de uma situação localizadas no mesmo.
Dentre esses, outros recursos expressivos podem ser destacados, sem a pretensão de esgotá-los, como: a adjetivação expressiva e abundante (“Gosto da Noite imensa, triste, preta,”); a aliteração (“Trazes-me embriagada, entontecida!...”), (“Trago em meus lábios roxos, a saudade!...”) e a assonância (“Que me leiam nos olhos o segredo”), em que ambos imprimem uma maior sonoridade ao poema, em função de sua significação; a comparação e a imagem (“Como esta estranha e doida borboleta”, “Duns beijos que me deste noutra vida,”); a apóstrofe (“Ó minha vã, inútil mocidade,”); a repetição de palavras (“Eu não gosto do sol, eu tenho medo”, “Trazes-me embriagada, entontecida!... / Duns beijos que me deste noutra vida,”); o hipérbato (“Duns beijos que me deste noutra vida, / Trago em meus lábios roxos, a saudade!...”); a nasalização (“Trazes-me embriagada, entontecida!...”) e a exclamação e a reticência (“Trago em meus lábios roxos, a saudade!...”), entre outros. Dessa forma, torna-se possível afirmar que tais recursos poéticos deram maior expressividade ao soneto, na medida em que colaboraram para a musicalidade e significação do poema, além de ter contribuído para revelar os conflitos da alma e os sentimentos do eu-lírico no mesmo.
Ainda, no poema “A minha tragédia”, ao nível de linguagem, Florbela fez uso do registro formal, sendo este um misto de língua familiar e cuidada, pois, apesar de existir uma intimidade evidente com o “Eu” presente, houve certa preocupação na escolha do vocabulário, para uma melhor significação do texto, e na construção gramatical, como foi comentado anteriormente.
Com relação ao nível semântico, pode-se dizer, em decorrência do exposto, que, de maneira geral, o poema sugere um devaneio da alma e uma reunião dos elementos de intimidade, de sensualidade, de confissão, de desejos e de desilusão. Já no primeiro verso, é perceptível o tom negativista que o eu-lírico traz impregnado em si. Não somente pelo fato de ter “ódio e raiva” de luz e de claridade, respectivamente, trata-se de semelhança e influência dos simbolistas que não gostavam do dia, mas por opor-se à vida, representado pelo nascer do Sol: “...alegre, quente, na subida.”. Nos versos seguintes, o eu-lírico confirma o porquê de não gostar da claridade do dia, já que provoca no eu-lírico agonia e desespero à sua alma: “Parece que a minh’alma é perseguida/ Por um carrasco cheio de maldade!”.
Nesse sentido, destaca-se que o Sol não é visto apenas como uma representação da vida que o eu-lírico se opõe, mas também de elemento revelador do íntimo que se busca ocultar a todo custo, já que, por mais escondido que seja o interior deste eu-lírico, ele pode ser revelado por meio dos olhos que são as portas de entrada para o desvendamento dos segredos que, nesse caso, é o de não amar ninguém, além dos desejos eróticos e da inquietude do mesmo, que serão comentadas no decorrer do trabalho.
Ainda na primeira estrofe, o eu-lírico se coloca na voz feminina, que fala em 1ª pessoa, sentindo-se presa, desiludida e perseguida pelo “outro”, mostrando sua inquietude em relação à sua condição submissa, como nos prova este excerto: “Parece que a minh’alma é perseguida / Por um carrasco cheio de maldade!”.
Na segunda estrofe, o eu-lírico sugere, ao mesmo tempo, a existência de um ser feminino e um desejo erótico, sensual, por meio dos adjetivos “embriagada e entontecida”, já que a sensualidade é justamente explorada no momento em que os hormônios estão mais ativos, ou seja, na juventude, bem como podem ser associados, e somados, com a sugestão destes excertos: “Duns beijos que me deste...”, “Trago em meus lábios...” e “Que me leiam nos olhos o segredo”. Para esse mesmo sentido, associa-se este outro trecho “Trago em meus lábios roxos, a saudade!...” que sugere também uma explosão erótica, além do fato da proximidade carnal entre os corpos, devido ao beijo.
Além disso, nota-se também que este eu-lírico evoca também a saudade que tem de sua juventude através do distanciamento do real, mas sugerindo, ao mesmo tempo, sua condição e vontade de se libertar desta. Ainda na segunda estrofe, ressalta-se que o tom melancólico e triste segue nas demais estrofes, principalmente quando faz uso do vocativo “A minha vã, inútil mocidade” para demonstrar seu descontentamento com o passar de sua juventude, que para ela foi totalmente inútil.
Ao utilizar a cor como recurso poético, ressalta-se que Florbela não fez a escolha da cor roxa por acaso, mas sim que foi uma constante na obra florbeliana, já que na simbologia das cores esta significa morte e solidão e que a presença da pontuação expressiva somada à presença de adjetivos expressivos, como a exclamação e as reticências que demonstram todo o estado de tédio e solidão do eu-lírico, também, são referências à herança do simbolismo.
Na terceira estrofe, o eu-lírico reafirma não gostar da luz: “Eu não gosto do sol, eu tenho medo” e, também, sua condição feminina de submissão e inquietude da alma. De outra forma, pode-se dizer que o conjunto dessa estrofe expressa a aparência da alma do eu-lírico, a solidão e a frieza do mesmo, sugerindo também que as decepções que sofrera na vida serviram para que, de certa maneira, atuasse com cuidado; resguardando o seu sentimento e descobrindo, ao mesmo tempo, que não precisa de um outro para completar sua existência, mas se libertar das amarras em que se encontra.
Na última estrofe, em nível simbólico, a noite representa o desejo de se isolar da realidade e de adentrar no seu espaço, no qual o eu-lírico pode encontrar sua intimidade e expor seus anseios: “Gosto da Noite imensa, triste, preta,”. Destaca-se também que o termo “noite” vem expresso em letra inicial maiúscula, provando, mais uma vez a herança simbolista, sendo esta “Noite” o refúgio no qual o eu-lírico busca alcançar o isolamento da realidade, e, ainda, sugere a representação da vida, vivida de maneira triste e obscura, para a qual a única solução para o futuro é esperar pela morte. Ainda nessa estrofe, evidencia-se a importância dos adjetivos “negra, triste, preta” como recursos poéticos em uma gradação que expõe a ausência total de luz e de vida, já que entre “negra” e “preta” está o adjetivo “triste”. Assim, tal como o eu-lírico, a borboleta também é apreciadora da noite, já que ambas se mostram “estranha e doida”, tal como o eu-lírico se sente, isto é, inquieto.
Assim, constata-se que a utilização da linguagem retórica, presente no soneto, além de expressiva, também é visualista e cromática, no sentido de que a noite que era branca, iluminada e perfumada, passa a ser negra, triste e estranha, propondo visões contraditórias que revelam a influência do cenário noturno no estado de espírito do eu-lírico, revelando os seus sentimentos contraditórios. Nota-se que isso pôde ser percebido, também, por meio da construção da comparação com a borboleta: “Como esta estranha e doida borboleta / Que eu sinto sempre a voltejar em mim!...”, que, no sentido figurado, representa uma pessoa inconstante, volúvel, e assim tem-se a representação da imagem simbolizada no vôo da borboleta que sugere a tristeza do ser, expressando, também, a busca para a sua completude que se contrapõe à sua fragilidade de se sentir ativa, ou seja, por não atingir seu anseio.
Deste modo, a forma de compor florbeliana leva-nos a constatar que a dupla visão da noite completa-se com o momento da passagem do dia para a noite – o pôr-do-sol, que, também, está sugerida na última estrofe, sendo este um dos momentos preferido pelos poetas do Simbolismo do século XIX e explorado por inúmeros outros poetas do século XX, no qual podemos encaixar Florbela.
Em decorrência dos recursos poéticos que foram destacados, pode-se afirmar que alguns demonstram particularidades da produção poética de Florbela Espanca, sendo que uma delas faz referência ao eu-lírico, que com um simples olhar é perceptível verificar o ser feminino do poema, já que é constante a utilização de um morfema aditivo flexional, indicando o gênero ao qual pertence, neste caso o feminino, representado pelo morfema “a”, como pôde ser comprovado durante a análise. A outra faz referência à subjetividade que a poetisa exprime através da adjetivação expressiva que se deixa revelar por meio das escolhas lexicais, tal qual a subjetividade expressada por meio da pontuação exclamativa.
Por fim, percebe-se que os símbolos que Florbela escolheu para evidenciar as suas sensações, e as do eu-lírico, não foram escolhidos e deixados ao acaso, mas contribuíram significativamente para o sentido global do soneto, justamente pelo fato de expressarem uma imensa carga negativa de solidão, desesperança e irrealização pessoal associadas a uma visão pessimista com relação ao passado (mocidade) e um possível alívio existencial no presente por meio da “estranha e doida borboleta” (a vida). Além disso, entende-se que a escolha do espaço noturno também não foi em vão, já que se apresentou como influenciador de um estado de espírito triste e desejoso pela morte, representado por um futuro próximo para o eu-lírico neste trecho: “...a voltejar em mim!...” (a morte), que é reafirmado por meio do próprio título do poema: “A minha tragédia”, indicando, talvez, um possível suicídio do eu-lírico, o qual já pode remeter o leitor novamente ao sugestivo estado de alma do eu-lírico do início do poema e, quiçá, até do estado de alma da própria Florbela.
Referências:
CORTEZ, C. Z.; RODRIGUES, M. H. Operadores de leitura da poesia. In: Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. (Org.) BONNICI, T. & ZOLIN, L. O.. 3ª Ed. Maringá: Eduem, 2009. (p. 59-92)
ESPANCA, Florbela D’Alma da Conceição. Sonetos. Coleção: A obra prima de cada autor. São Paulo: Martin Claret, 2005. (p. 36)
GOLDSTEIN, Norma. Versos, sons, ritmos. 5ª Ed. São Paulo: Ática, 1989.
ZAPPONE, M. H. Y.. A leitura de poesia na escola. In: Concepções de linguagem e ensino de língua portuguesa. (Org.) SANTOS, A. R. S. & RITTER, L. C. B.. Maringá: Eduem, 2005. (p. 179-210)