Poetrix e o uso de Homônimos e Parônimos
Os homônimos e parônimos são temas um tanto complexos, mas superinteressantes! Falar sobre palavras que são homônimas e parônimas pode parecer complicado à primeira vista, mas acredite, realmente é! Vou explicar um pouquinho sobre cada um deles para desvendar esse mistério de forma tranquila.
Quando falamos de homônimos, estamos nos referindo a palavras diferentes que possuem a mesma forma, ou seja, são escritas e/ou pronunciadas da mesma maneira, mas com significados distintos. Em linhas gerais, são palavras que podem nos confundir porque parecem ser iguais, mas pertencem a contextos diferentes.
Dentro dos homônimos, existem os homógrafos e os homófonos. Os homógrafos são palavras que têm a mesma escrita, mas podem ter pronúncias e significados diferentes, como "pôlo" (do verbo polegar) e "polo" (geográfico). Já os homófonos são palavras que têm a mesma pronúncia, mas são escritas de forma diferente e possuem significados distintos, como "Cento" (100) e "sento" (do verbo sentar).
Alguns exemplos comuns dessas confusões de homônimos são: banco (instituição financeira ou lugar para sentar), manga (parte da camisa ou fruto da mangueira) e luz (iluminação ou clareza em um contexto).
Os homônimos podem assustar quem não está muito familiarizado com a língua portuguesa, mas também nos mostram o quão rica e complexa nossa linguagem pode ser. Eles também evidenciam a importância do contexto na comunicação, para evitar mal-entendidos.
Já os parônimos são palavras com formas parecidas, tanto na escrita quanto na pronúncia, mas com significados diferentes. Ao contrário dos homônimos, que podem ser idênticos, os parônimos se diferenciam por pequenas variações. Alguns exemplos são: acessório (complemento) e acessório (referente a acesso), eminente (destaque) e iminente (prestes a acontecer), precipitar (fazer algo apressadamente) e precipitar (fazer algo cair rapidamente).
Os parônimos são fundamentais na língua portuguesa, pois evidenciam como pequenas diferenças podem mudar completamente o significado de uma palavra. Isso reforça a riqueza da linguagem e a importância de prestar atenção aos detalhes ao escrever e falar. Portanto, vamos explorar esses pormenores da língua com entusiasmo e aprender mais sobre esse assunto tão interessante!
Por que falar sobre parônimos e homônimos na criação de Poetrix? Nosso pequeno poema já é elegante por natureza, devido às inúmeras possibilidades de brincar com as palavras. Agora, imagine como ele poderia ficar ainda mais interessante se utilizarmos nosso conhecimento sobre palavras que se assemelham ou se pronunciam da mesma forma! Você consegue imaginar a profundidade que os tercetos brasileiros poderiam ganhar? Não há dúvidas de que o universo do Poetrix ainda guarda muitos segredos a serem explorados de maneira incansável.
Essa é mais uma chance de enriquecer nosso vocabulário, aprimorar nossa língua e colocar em prática o que aprendemos nas aulas de língua portuguesa - relembrando os bons tempos de escola.
Para exemplificar a importância do uso de parônimos e homônimos no Poetrix, trago duas maravilhosas criações da poetrixta Angela Bretas, que tive o prazer de ler no site da Academia Internacional Poetrix (AIP), onde também pesquisei sobre esse tema fascinante.
Guardiã
a vela
vela
a velha
Nesta pílula poética, deparamo-nos com um jogo de palavras homônimas, que mesmo com igual escrita e som distinto, carregam significados múltiplos. Além disso, percebemos a presença da aliteração e assonância, que trazem uma melodia singela para os versos.
A vela, símbolo da luz que se mantém acesa, também representa a ação de vigiar, de permanecer atenta. Enquanto isso, a velha, figura que remete à sabedoria e experiência da idade avançada, aguarda pacientemente.
Dessa forma, Angela Bretas, através do seu poetrix, nos convida a refletir sobre as duas faces e a complexidade das palavras, que carregam consigo diferentes significados e sensações.
Xodó
Vovó fita a criança
viva boneca vestida
com fita na trança
Quando a vovó olha a criança, vê uma boneca viva toda arrumada, com uma fita enfeitando sua trança. É curioso como a palavra "fita" pode ter significados tão distintos, não é mesmo? A simples fita pode ser um olhar atento ou um detalhe encantador em um penteado. Simples assim, mas cheio de beleza e significado.
Os poetrix "Guardiã" e "Xodó", são verdadeiras joias poéticas que inspiram reflexão e emoção. São pequenos tesouros de sabedoria e sensibilidade.
Muito grato à autora Angela Bretas pela recomendação do artigo sobre parônimos e homônimos, feita quase 1 ano atrás. Essa indicação enriqueceu meu conhecimento e minha apreciação pela linguagem.
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Referências:
BRETAS, Angela. Poetrix e o uso de Homônimos e Parônimos. Coluna Literária da Academia Internacional Poetrix - AIP. Disponível em https://www.academiapoetrix.org/search/label/Poetrix%20e%20o%20uso%20de%20%20Par%C3%B4nimos%20e%20Hom%C3%B4nimos%20-%20Angela%20Bretas Acesso em 11/08/2024
BOLOGNESE, João. Palavras Parônimas e Homônimas. Damásio educacional. Disponível em https://joaobolognesi.com/wp-content/uploads/2020/08/palavras-paronimas-e-homonimas.pdf Acesso em 11/08/2024