Goulart e Karai...?!

Até o ano passado não conhecia o Senryu. Fui surpreendido com um vídeo que o poeta

Hércio Afonso me mandou. Dias depois, ele me fez a seguinte pergunta: "Na sua opinião,

qual é a diferença entre o Senryu e o Poetrix?". Pedi que esperasse um pouco por minha

resposta. Precisava tomar pé da situação, pois acabara de ser apresentado ao Senryu.

Após assistir novamente ao vídeo, fui em busca de outras informações. Confesso que, a

princípio, fiquei meio atabalhoado com o que estava posto nas redes sociais e no vídeo que

me fora enviado sobre esse terceto. A semelhança era forte. Depois de muitas idas e vindas,

vou então responder o que me foi solicitado: falar sobre as diferenças que, acredito, existem

entre o Senryu e o Poetrix, dois tercetos encantadores, que caminham lado a lado, a par e

passo, para nosso indecifrável deleite poético.

Farei duas colocações: uma sob a batuta da Bula Poetrix e a outra sob a ótica da

Academia Internacional Poetrix - AIP, com um olhar mais acurado sobre recomendações que

já haviam na Bula Poetrix, mas que vinham passando desapercebidas.

Vamos aos fatos: segundo a Bula Poetrix, o Poetrix exige título, elemento

imprescindível neste gênero literário. Pode ter, na sua estrutura, até 30 sílabas métricas. Além

destes requisitos fundamentais, permite o uso de rima, que proporcione sonoridade, ritmo e

musicalidade ao poema. O Poetrix acolhe qualquer tema e pode retratar o passado, como o

presente e, também, o futuro.

O Senryu não tem título, não aceita rima. É, a princípio, composto por 17 sílabas

poéticas, formando o característico arranjo: "5-7-5". Vale dizer que isto nem sempre acontece.

É comum encontrarmos exemplos com menos ou até mais de 17 sílabas métricas. Acredito

que a grande força do Senryu está no terceiro verso, que é sempre vibrante e atraente.

Estas são, para mim, as diferenças mais contundentes entre os dois tercetos em questão.

Porém, se os analisarmos com outros olhares, outras perspectivas, vamos encontrar algumas

peculiaridades interessantes em cada um deles que não são estruturais. Por exemplo: o Senryu

nasceu de uma derivação do Haicai, que era praticado pelas classes sociais mais abastadas do

Japão. É importante destacar que ele teve seu apogeu nas camadas sociais menos favorecidas

do país, tanto socialmente, quanto intelectualmente. Isto o levou para o caminho do deboche,

do protesto, da sátira, etc. De forma pejorativa e indelicada, dizem que é um primo distante, a

versão "profana" do Haicai. O que não tira dele o encantamento e o valor literário. Possui

caráter humorístico e humano.

O Poetrix não surgiu de uma derivação específica de um poema. Até acredito que tenha

um parentesco longínquo com a Terza Rima, criada pelo poeta toscano Dante Alighieri para o

seu extenso poema narrativo "A Divina Comédia".

Ao contrário do Senryu, o Poetrix serviu de base para inúmeras derivações poéticas,

tendo em vista sua flexibilização quanto às rimas e ao número variado de sílabas possíveis em

cada um dos seus versos. São infinitas as possibilidades de número de sílabas por verso nas

composições. Isto depende, exclusivamente, da criação e não de uma norma explícita, como

ocorre no Senryu. Mas sempre respeitando o máximo de 30 sílabas poéticas.

O Poetrix está fundamentado, principalmente, nas Propostas de Ítalo Calvino para

este milênio. Permite que se use sinais de pontuação em vez de palavras, o que o torna

altamente instigante. Dá espaço à arte visual, uma característica herdada dos poemas

concretos.

Um exemplo de minha autoria para ilustrar algumas das colocações acima:

Surreal

renove a si mesmo,

o voo...

será libert(a)dor

É-nos permitido, no Poetrix, exerce uma espécie de fatiamento da palavra “libertador”,

dando-lhe um peso maior e uma ampliação do seu significado. (Este Poetrix não obedece as

novas Diretrizes por ser um poema que foi escrito sem a preocupação do fatiamento, mas que

serve como exemplo).

Um outro Poetrix, também de minha autoria:

Hora marcada

tempo

parto ao meio-dia

faça chuva, faça sol

Veja que o primeiro verso nos leva a crer que ele está solto dentro do poema, a

princípio, parece não dizer nada com nada. Poderia estar ali apenas para compor o terceto.

Mas veja também que ele se refere ao tempo, compondo uma ligação com os outros versos e o

título.

O grande lance do Poetrix, na minha percepção, está na proposta do "Salto". É nele que

estão os maiores desafios do poema. Sem dúvida, um dos itens mais difíceis de se cumprir, de

se praticar, da Bula.

A palavra "parto" no segundo verso, tem duplo sentido. O leitor tanto pode ler que

haverá um "parto" exatamente ao meio-dia, como pode ler que: "chova ou faça sol", alguém

vai partir. Esta dualidade de interpretação só é possível por conta da subjetividade do texto,

algo que varia de acordo com a leitura. Este é um recurso recorrente no Poetrix.

Vejamos algumas conclusões:

O Poetrix é mais versátil. Existe uma infinidade de possibilidades nos seus enredos. Por

vezes, fica até difícil entendê-lo em um primeiro momento. Vez por outra, nos oferece várias

interpretações, várias leituras, principalmente, nas entrelinhas.

No Poetrix "Surreal", especificamente, modifiquei a palavra "libertador", dei a ela um

aprofundamento de sentido, uma nova leitura. Isto não ocorre no Senryu, pelo que pude

perceber. O Senryu é mais direto, mais objetivo, mais enfático.

Vejam este exemplo:

o ladrão:

quando eu o pego,

eis meu filho.

(Senryu Karai)

Uma semelhança aqui: este Senryu tem um "Susto" na conclusão dos fatos narrados,

como no Poetrix. Um elemento inusitado e imprevisível, que provoca surpresa.

No entanto, neste Senryu, o que me chama a atenção é o fato da não observância do

Kigo, que é uma palavra que evidencia a estação do ano em que o texto foi produzido.

Elemento obrigatório em Haicai clássico. Isto não existe no Poetrix.

Outra observação que faço é que, aqui, também, o autor não se ateve ao esquema da

contagem de sílabas.

Veja:

o-la-drão ----> (3 sílabas)

quan-do-eu-o-pe-go ----> (6 sílabas)

eis-meu-fi-lho ----> (4 sílabas)

São mudanças estruturais, quando comparado com o Haicai tradicional.

Estas duas evidências me induzem a crer que o Poetrix e o Senryu são tercetos

parecidos, apenas, quanto à forma e à estética.

Outro exemplo:

na poça da rua

o vira-lata

lambe a lua

(Millôr Fernandes)

Neste conhecido Haicai, o que me intriga é a rima que, por definição, não deveria

existir. Este fato me faz pensar, mais uma vez, que eles, Senryu/Haicai e Poetrix, estão

próximos um do outro, ombro a ombro, mas em paralelas.

Veja que o autor foge à tradição dos haicais japoneses. Escolhe a linguagem, optando

pelas figuras do vira-lata e da lua, que são retratados objetivamente. Millôr só cumpriu a

função poética na forma – três versos.

Diria que este é um Senryu "capenga", por não obedecer a algumas regras estruturais.

O Haicai não contempla as figuras de linguagem, como, por exemplo, a metáfora,

evidente no terceiro verso – "lambe a lua". Sem dizer que este poema pode ser lido como uma

frase fracionada, para criar a forma dos três versos exigidos na composição do Haicai.

Depois de todas estas considerações vou retornar às origens do Poetrix, buscar nos

compartimentos de minha memória os passos iniciais do Movimento Internacional do Poetrix

– MIP, que se iniciou no final de 1999. Farei isso, para embasar melhor a minha resposta.

Éramos um grupo pequeno, que engatinhava na construção de um novo gênero literário,

sob a batuta do baiano Goulart Gomes, que teve a perspicácia de reunir à sua volta poetas

consagrados e alguns principiantes. Os debates eram acirrados, mas nada que nos levasse ao

estranhamento. Formamos um bloco prático e coeso.

Goulart Gomes nos apresentou o que chamara de Poetrix e um esboço do que tinha em

mente. Naquele momento era RECOMENDADO que o poema tivesse título, não havia, até

então, a obrigatoriedade que se tem hoje. Este assunto foi um dos que mais discutimos, até

que chegamos à conclusão de que ele seria obrigatório. Devo informar que, após esta decisão

do grupo, voltei aos meus tercetos e dei a eles um nome, um registro, uma identidade

material.

É justo dizer, nesse momento, que um grande número de pessoas só "conhecem" as

obras literárias pelos títulos. Seus conteúdos, muitas vezes, são verdadeiros mistérios

escondidos nos livros das prateleiras das bibliotecas públicas e privadas.

Outro ponto relevante que discutimos, à exaustão, foi a quantidade de sílabas que o

poema deveria conter. Depois de alguns embates calorosos chegamos à conclusão de que, o

Poetrix, deveria ter, ao todo, até 30 sílabas poéticas, divididas entre os três versos, ao bel

prazer do autor.

As semelhanças entre estes dois tercetos me fizeram buscar, ainda, na memória, alguns

fatos curiosos, que julgo interessante mencionar:

1 – A poeta Tê Soares sempre me dizia que não era boa para nomear os seus tercetos.

Ela não gostava de os nomear. Não sei se ela era uma admiradora do Senryu, é possível que

sim!

2 – Um belo dia, o poeta Hércio publicou o seguinte terceto no Facebook:

fosse eu foice

drástico o corte

– vida e morte

Naquela ocasião, escrevi para ele indagando o porquê da falta do título. Fiquei surpreso

ao ver que não havia um título explícito em seu poema, uma vez que ele fazia parte do nosso

grupo. Logo em seguida, me respondeu dizendo que o seu poema havia nascido pagão. Fiquei

sem entender, uma vez que as regras do Poetrix, já, naquela ocasião, rezavam que os títulos

eram indispensáveis.

Hoje, penso que ele talvez tenha querido me dizer: "isso não é Poetrix".

Confesso que naquele momento não entendi sua fala. Agora faço uma inferência de que

ele tentou me dizer, educadamente, que o seu terceto era, na verdade, um Senryu e não um

Poetrix pagão. Até porque o seu poema é direto – vida e morte.

Desse modo, o Hércio, na minha visão, pode dar nome ao seu poema a qualquer dia e

hora, sem prejuízo algum, fazendo com que ele deixe de ser um filho pagão de um poetrixta

por excelência. Consequentemente, teríamos um Poetrix, de fato e de direito. Caso contrário,

entendo que é um Senryu.

3 – Outro fato que me chama a atenção é que, no andar do Movimento Internacional do

Poetrix – MIP, a poeta Sara Fazib continuava a escrever os seus "Poetrix" sem títulos.

Vejamos dois exemplos:

1º) Na língua lépida do tamanduá

uma lembrança:

o prazer tem preço.

2º) guardiãs da madrugada

na fina malha do tempo

cavalgando o vento

Obs: "Exercícios de Sara Fazib, publicados em 02/03/02, na Internet."

São tercetos diretos, arrematados. Mas não os vejo como Senryu. Como também não os

vejo como Poetrix. Não são contemplados com os devidos títulos e nem com a estrutura "5-7-

5". Mas vejam que são próximos, tanto do Poetrix como do Senryu.

Vejamos o que diz a Bula Poetrix:

"O POETRIX deve ser composto por ao menos um dos seguintes elementos, inspirados

nas Seis Propostas para o Próximo Milênio, de Ítalo Calvino e mais alguns itens que foram

incluídos na Bula Poetrix:

3.1 CONCISÃO: o mínimo é o máximo. O importante é dizer muito, falando pouco. O

Poetrix é uma pílula que tem seu propósito determinado; é um projétil em direção ao alvo;

3.2 SALTO: é a metamorfose da ideia inicial, provocada no segundo ou terceiro verso

da estrofe, acrescida de outros significados, permitindo uma nova perspectiva de compreensão

do Poetrix;

3.3 SUSTO: é o elemento inusitado e imprevisível que provoca surpresa ao leitor; é a

fuga do lugar-comum, da obviedade, que desconstrói e amplia horizontes, mostrando outros

caminhos, possibilidades, contextos;

3.4 SEMÂNTICA: exploração da polissemia de determinadas palavras ou expressões,

permitindo a possibilidade de variadas leituras ou interpretações;

3.5 LEVEZA: jeito multifacetado de utilização da linguagem. Nesse sentido, o uso de

imagens sutis deve trazer leveza, precisão e determinação ao Poetrix e, com isso, provocar, no

leitor, a abertura de renovadas construções mentais impregnadas de imprecisões e

indeterminações, de novas possibilidades de interpretar a realidade, de desanuviar a opacidade

do mundo.

3.6 RAPIDEZ: máxima concentração da poesia e do pensamento; agilidade, mobilidade,

desenvoltura; busca da frase em que todos os elementos sejam insubstituíveis, do encontro de

sons e conceitos que sejam os mais eficazes e densos de significado;

3.7 EXATIDÃO: busca de uma linguagem que seja a mais precisa possível como léxico

e em sua capacidade de traduzir as nuanças do pensamento e da imaginação;

3.8 VISIBILIDADE: qualidade de expressar e pensar imagens, colocando visões em

foco; reflexo da qualidade imagética do Poetrix, em cor, sombra, contorno e perspectiva; é o

substantivar da poesia;

3.9 MULTIPLICIDADE: expressão da pluralidade de possibilidades intertextuais e

polissêmicas, provocando interações e criando novas formas;

3.10 CONSISTÊNCIA: através da fuga das obviedades, dos lugares-comuns, buscando

expressar-se de forma original. O Poetrix rompe, naturalmente, com antigos esquemas

simplificados e reducionistas e investe num sistema complexo, cujas categorias são opostas à

simplicidade: a complexidade, a desordem e a caoticidade, próprias de sistemas não-lineares,

capazes de realizar trocas com o meio envolvente."

Voltemos ao exemplo de Senryu:

o ladrão:

quando eu o pego,

eis meu filho.

(Senryu Karai)

Veja que coisa interessante: se eu pegar, o terceto do Senryu Karai (que acabei de citar

como exemplo) e dar a ele um título, teoricamente ele se tornará um Poetrix, segundo a Bula

Poetrix, sem o menor problema.

Por outro lado, se tirarmos o título de alguns Poetrix, eles até poderão ser entendidos

como sendo Senryu. Porém, esta premissa é mais complicada. Teríamos que escolher o

Poetrix de acordo com a estrutura "5-7-5". Assim sendo, posso concluir que o título é, de fato,

fundamental para o Poetrix, mas não para o Senryu.

Depois de todas estas considerações, confesso que não consigo separar completamente,

um do outro, a não ser pela quantidade de sílabas, das rimas e título. Em verdade eles andam

lado a lado, em paralelas poéticas importantes. No fundo pertencem à família tercetos.

Lendo autores mais recentes, do Haicai, me pareceu que existem algumas propostas de

mudanças estruturais para a sua composição. Tenho visto, com certa frequência, Haicai com

título, com rima, com excesso de sílabas, ou seja, se em um dado momento pensava que o

Poetrix estivesse próximo do Senryu-haicai, agora talvez isso esteja, de fato, se concretizando.

As mudanças que vejo no Haicai são consequências da globalização. Eles atravessaram

os muros e os portões da geografia poética. As culturas são outras, o idioma é outro. É

importante destacar que os países são diferentes, as estações do ano são distintas umas das

outras, os sons das palavras não são os mesmos. Palavras com a mesma grafia podem ser lidas

com entonações diversas no nosso idioma. Tudo isto sem falar nas traduções. Existem

palavras que não comportam tradução. Penso que, para fazer um estudo mais aprofundado, eu

precisaria conhecer o idioma japonês.

Com tudo isto dito e com as mudanças do Poetrix com o advento das novas Diretrizes

propostas pela AIP, quero mostrar um outro lado desta questão.

Lendo, relendo e discutido as novas Diretrizes da Academia Internacional Poetrix,

confesso que fiquei, de início, em cima do muro, não sabia se pulava para um lado ou para o

outro. Quero acreditar que seguirei em frente, e em marcha com os demais poetrixtas. Não é

tão somente uma escolha, mas um entrevero... É como as ideias se comportam dentro de cada

um de nós e, em especial, dentro da minha inquieta cabeça.

Primeiro tive que rever os meus conceitos, depois os meus escritos de anos anteriores

para, então, aventurar-me a buscar escrever de acordo com as regras aprovadas para a

composição de um Poetrix.

No entanto, acredito que, as Novas Diretrizes, sejam provas concretas de que o terceto

está em construção e em ebulição. Sua existência é recente e merece olhares mais apurados.

Diria inclusive que esta é uma nova fase desse terceto.

E, devo confessar: acho ótimo que possamos ir digerindo e amadurecendo as novidades

que nos desafiam ao crescimento constante. Hoje, compreendo melhor as novas Diretrizes.

Vale pontuar, algumas observações minhas. Pois bem, vejamos:

O não “fatiamento de frase” nos obriga a construir um terceto que contenha na sua

estrutura um "sentido plenamente definido" em cada um dos seus versos. A escrita tende a

ficar, inclusive, mais elitizada, mais apurada, melhor estruturada, mais requintada e porque

não dizer, Bela. Esse formato é mais trabalhoso e de difícil compreensão. Requer um

polimento mais aprofundado de cada um dos versos e das palavras que irão compor o terceto.

Quando reli os meus Poetrix de outrora, percebi que a grande maioria deles não se

enquadra nesse novo formato. Por isso, também, disse que fiquei em cima do muro. Muitos

deles são preciosos para mim, vou chamá-los de Poetrix Clássicos!

Até porque, vale lembrar, temos a Bula Poetrix, que nos serviu de base até o lançamento

das "Diretrizes da AIP - Como compor um bom Poetrix". Portanto, considero-os válidos e

importantes. Para mim, fundamentais.

Antes, nós falávamos em enxugar o Poetrix, retirar dele os excessos. As novas regras

propõem algo maior e mais complexo. A pontuação e a metáfora, por exemplo, me parecem

fundamentais nessa nova fase. Sem dúvida, grandes aliadas do poema.

Os versos passaram a ter vida própria – o que não vejo em outros tercetos. E esta

inovação, a meu ver, é o ponto mais positivo das novas diretrizes. É o marco de uma nova

geração dos tercetos.

A partir das Novas Diretrizes propostas pela Academia – AIP, o Poetrix deu um salto

enorme em qualidade e inovação. Deixou de ser um "simples terceto", ganhou uma roupagem

nova e única.

Neste momento, ouso afirmar que o Poetrix e o Senryu, à luz das novas Diretrizes, se

distanciaram, em forma e conteúdo.

Espero que este texto fique como uma referência a esses dois tercetos que ora são

paralelos, ora se cruzam, acidentalmente.

E viva a poesia!!

Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 21/01/2024
Código do texto: T7981357
Classificação de conteúdo: seguro