Vertrix

Sempre disse que o Poetrix não tem limites e que dele ainda haveremos de extrair uma infinidade de derivações... ainda que mirabolantes.

Hoje apresento o Vertrix, que parece uma obra simples, mas na verdade não é.

A concepção do Poetrix não mudará em nada, apenas incluiremos no nosso texto versos ou expressões populares de outros autores. Fazendo isto, homenagearemos, criticaremos ou satirizaremos o autor escolhido.

Esta é uma forma simples, delicada e prazerosa de trazermos os escritores que admiramos para os nossos poemas.

Na música isto é fato comum. Como exemplo cito “Monte Castelo”, de Renato Russo, onde ele usa versos de Luís de Camões (1524 a 1580) e partes do texto “O Amor – I Corintos 13”, do Apóstolo Paulo, e os transforma em versos na sua composição.

Para embasar a minha teoria, apresento alguns exemplos:

1 – Afortunado

foi com versos de Camões

que aprendi que o “amor

é fogo que arde sem se ver”

2 – Inês de Castro

“a que depois de morta foi rainha”

na Marquês de Sapucaí

no carnaval que passou

3 – Dama da noite

“minha mãe não dorme

enquanto eu não chegar”

coitada, pensa que sou vagalume!!!

4 – Abelhudos

“sou filho único

tenho minha casa pra olhar”:

eu e meus ilustres vizinhos

5 – Trem das onze

“tudo vale a pena

quando a alma não é pequena”

__ Agora é tarde Fernandinho!!!

6 - Florbela Espanca

minha alma não sabe o que é dor:

“o quadro é único,

a moldura é que é diferente”

O Vertrix, por outro lado, pode ajudar àqueles que estão iniciando nesta caminhada, pois terão versos prontos e belos, para comporem seus primeiros tercetos.

E viva a poesia!!!

Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 17/05/2012
Reeditado em 31/10/2021
Código do texto: T3672310
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