FORMAS POETRÍXTICAS, por Oswaldo Francisco Martins

FORMAS POETRÍXTICAS: EROTRIX, CONCRETRIX E OUTRAS

Por Oswaldo Francisco Martins

O MIP – Movimento Internacional Poetrix continua firme na senda internética e ganhando publicações tipo hardware ou, como dizíamos mais antigamente, em papel, como é digno a toda e qualquer linguagem novíssima e que precisa tornar-se difusa no vasto seio literário.

Curiosamente, nasceram muitos tipos semânticos de poemetos. Escreveram-se ainda, de maneira mais complexa um pouco, muitos na forma concreta, esta de mais difícil concepção e menos comum. O poetrix, por conseguinte, se houve sempre apresentando estética variável e expressando grande criatividade de seus poetrixtas, tudo na ambiência do grupo de discussão do trístico goulartiano.

Conquistaram a maior afeição deste que vos escreve os poemetos que tratam da temática sobre sexo, primeiramente. Num segundo momento, foram aqueles concernentes à forma estritamente concreta, esta última conquistando muitos adeptos no atual clã poetríxtico.

Quanto ao poetrix que trata de sexo, em algum dos quase seis anos de vida do poetrix, brotou a denominação erotrix, não se registrando o criador do neologismo. Para os poetrix em símbolos ou palavras não foi tão diferente do erotrix, caracterizando a existência de três versos, mantendo ainda um título convencional – escrito com palavras do idioma, ganhando a designação concretrix.

São permitidas as veiculações de poemas eróticos no MIP, censurando-se os que afrontam os preceitos morais, que agridem as pessoas. Proíbem-se ainda os pornográficos, que escandalizam e nada somam de valor ao MIP.

Existe ainda uma modalidade de terceto intitulado clonix, muito praticada por alguns poetrixtas, cuja essência semântica imita a já definida ou conformada pelo poetrix que inspira tal tipo de poemeto. Apodera-se o clonitrixta, portanto, da idéia concebida por outro poetrixta, incorporando-se no clonix elementos inerentes ao estilo de quem o escreve. Esta forma de poetrix gerou muita discussão no tocante à ótica do plágio em poetrix e definitivamente não está consensada internamente ao grupo de discussão do poetrix, havendo inclusive opositores ao mesmo, onde se incluem este escritor e o grande poetrixta Pedro Cardoso. Como conseqüência do que aqui está exposto, deve-se entender que ainda há de se discutir muito para deveras se destrinchar a verdadeira contribuição do clonix ao MIP, posto que os poetrixtas que mais produziram poetrix no mundo – os escritores Oswaldo Martins e Pedro Cardoso – jamais “escreveram” um só clonix! Verso algum precisa ser quasi copiado... literalmente!

Como uma forma criativa e muito bela do poetrix, o cartoontrix une o poemeto à ilustração em foto ou desenho correlato ao tema poetrixado, o que exige dupla habilidade do vate: saber de poesia e entender, ler e/ou elaborar desenho ou trabalhar a fotografia. Vara-se, assim, a fronteira da arte poetríxtica, que se integra às imagens reais e às cores. A inserção de efeitos sonoro-visuais quase sempre embeleza mais o trabalho em mídia eletrônica. Tal tipo de criação não é fácil de ser concebida e, por conseguinte, não é arte para qualquer artista!

Como interação entre os poetrixtas ativos no grupo de discussão, praticam-se as formas múltiplas dos poetrix, bastante conhecidas de todos, que são o duplix, o triplix e o multiplix. Ainda faltam orientações ou regras para que sejam evitados erros que venham a transcender à mera licença poética. Para Oswaldo Martins, a forma múltipla do poetrix ainda precisa ser mais bem lapidada, devendo a mesma constituir-se indubitavelmente num novo poetrix e, por conseguinte, respeitar a regra vigente das 30 sílabas poéticas. Tal regra, por sua vez, será ainda criticada aqui. Exclusivamente para uma maior consolidação e necessária demarcação das fronteiras da arte em poetrix, espera-se que o MIP reveja inteligentemente os pontos acima um dia!

Na modalidade dita ciranda, destrincha-se um tema simultaneamente por vários poetrixtas, cada um mostrando sua visão sobre o poetrixado, enriquecendo-o sobremaneira com muitos poetrix belos e convergentes para o cerne do assunto, sem, entanto, praticar-se plágio algum! Os poetrixtas não copiam o pensamento de outrem, mas expressam o seu modo de pensar e imaginar e poetrixar com criatividade, virtude de maior relevância dos vates, coisa perfeitamente negada no clonix, o que faz este autor declinar definitivamente de praticar esta modalidade. Igual pensamento negativo sobre o clonix é corroborado por alguns poetrixtas ativos no MIP.

Há grande motivação para a prática da ciranda, normalmente lida e apreciada por todos e ainda ganhando destaque em homepages ativas na internet, onde se têm exposições de trabalhos e respectivos autores, numa revelação da capacidade em poetrixar a temática ou o tema ou o mote e dos adotados ou escolhidos para o desafio (sem réplica, posto que não se trata de desafio), o que engrandece o MIP e estreita a comunicação entre afiliados.

Outras formas haverão de brotar da criatividade dos poetrixtas como aliás tem sido a história desta arte nova, novíssima, mas com feições adultas, delineando-se sua consolidação no meio literário no globo, principalmente na teia internética, onde e-books seguem a trilha do Caderno de poetrix, organizado por Goulart Gomes, além de antologias e livros-solo de poetrixtas vários. O poetrix firmou-se principalmente pela simplicidade da forma para um entendimento semântico que se nos mostra para interessantes imagens poéticas e pelo pouquíssimo tempo exigido na leitura da forma singular pertencente em que se insere na arte minimalista, a qual se nos apresenta para a diminuta leitura de seus 3 (três) versos livres sob o tema versejado que cobrem.

Na senda do futuro do poetrix haverá de estar a firme e séria discussão entre os praticantes, ditos veros poetrixtas, entusiastas da arte minimalista, a qual abraça a novíssima linguagem goulartiana, divulgada com intensa velocidade na rede de computadores do mundo. Por conseguinte, um entendimento maior dos poetrixtas determinará o sucesso do poetrix, cuja sinergia dependerá da tolerância de cada membro agregador de valor ao MIP, esta naturalmente acrescida da plena abertura para a discussão livre e séria do poemeto em questão.

Poetrix
Enviado por Poetrix em 24/11/2006
Reeditado em 25/11/2006
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