Estrutura do poetrix

Convencionou-se chamar poetrix o terceto de não mais do que trinta sílabas métricas. O título é indispensável, ao contrário do que acontece com a poesia japonesa haicai.

Reconhecido como literatura pela UNESCO, hoje é poesia usada por autores do mundo inteiro, dada a dificuldade na sua elaboração.

Quem lê um poetrix pela primeira vez fica admirado, curioso ou feroz. Parece à primeira vista ser brincadeira ou troça.

Engano.

O poetrix, além das exigências já mencionadas, quanto ao limite métrico e a obrigatoriedade do título, tem por objetivo principal escrever muito pouco e passar a idéia pretendida por completo.

São diversos os concursos literários que adotam esta forma de escrever.

Simplificando muito, pode-se afirmar que o poetrix é o telegrama bem redigido do verso; quanto menor e mais expressivo, mais tem valor.

Sua estrutura não pede zeugma ou cesura, esta principalmente, por se tratar da pausa na sexta sílaba do soneto alexandrino. Mas o ritmo tem tanta importância como a mensagem brevíssima. A rima não é obrigatória, mas pode embelezar o verso. Só!

Você

Teus olhos

Agora olhei;

Mostram tudo que já sei. (Jorge C Sader Filho)

Mãe

Mãe

Ao teu colo sempre volto

Quando há tristeza me nina. (Lílian Maial)