Um hai-kai, um mantra (às avessas)
Teresina, ano de 2007, 5ª edição do Salão do Livro Piauiense.
E daqui, eu sei, de uma forma nada sutil, partirei a meu feliz encontro com Alice Ruiz!
Já a reserva de Caio Negreiros e a de Marleide Lins para comigo se explica: Sou um tanto quanto espaçoso!
Ah, e os dois ainda presentearam a poet(is)a curitibana com um livro deles em parceria que deve ser uma beleza!
Eu? Bom, já eu, com vento, verso e uma conversa (diga-se de passagem) fiada (mas que me rendeu bons frutos:)!
Não comprei o livro de Alice, confesso, por uma já gritante falta de grana e por uma também já cert(eir)a falta de vergonha (porque o pedirei certamente emprestado a um amigo), e, para ser franco, não gostaria de ter o autógrafo dela em um outro que, por ventura, ganhasse: Eu a admiro.
E ela deve ter visto isso em meu olhar esguio, na submissão inteira de quase pupilo, na voz bem mais ofegante do que o usual (como se tivesse até corrido ao Centro de Convenções daqui de minha casa) e, por fim, nos meus suores verbais, comovidos!
Quero de Alice o que estou propondo aqui: Não há o amor no hai-kai? Pois bem! Porque o Eu não existe devido a um sopro budista e porque o bom profissional não deve aparecer na fotografia...
Eu? Bom, já eu não sou tão profissional assim:
Rua arborizada
Meus olhos viram mais verde -
Uma poça d'água.
Hunf!
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E haverá amor no senryû; não por comicidade, mas pelo universal:
Sem teu cheiro em mim,
Por mais florida que seja,
Não há Primavera!
E só(..).
a 05 de Junho de 2007