O amor não preenche imaginações (A coisa)

Coisa louca é o amor

Correria de sentimentos

Cada um sente do seu jeito

Como um fogo sem compaixão

Como luz a brilhar distante

Coração é terra sem ninguém

Compaixão sente todo apaixonado

Comemoremos um ao outro esse fogo

Com ardência de amor se consegue um beijo

Como um apaixonado perde a razão?

Como uma rosa vislumbra o sol?

Como um vento dança ao luar?

Cheiro de núvens com açúcares

Choro atentando o destino

Colmeias a derramar mel no espírito é o amor

Ciúme arrebatador no peito sofrível

Caminhemos nessa vereda de espectrais desvios

Como existir num mistério sobrenatural?

Como dividir na alma o elixir dos poetas embriagados?

Colho um passado aterrador

Coincidiu o pecado ao meu desejo volátil e breve

Coincidiu o amor com sacrifícios do medo

Castidade és castidade a deusa dum poema caboclo

Casa de taipa é o amor com reboco de Prata e pérolas

Copiei no umbral dos Céus uma palavra 'Tautogramas dum adeus'...

Cheiroso é teu existir e morre num luar de viagens...

Coração é mentiroso...

Coração é sacralidade das indecisões...

Coração é ardor viril de alianças onde não mais...

Coração é floresta da essência inatural...

Coração é cobra a morder carnes ingênuas no caminhar ao nada

Coração é guerra do heroísmo do pesadelo

Coração é cúmplice dos medos...

Coração é trevas de minguante luar das eras...

Coração é segredo maldito

Coração é segredo vestido de cinzas

Coração é segredo de navegar sonhos

Compaixão é amor e amor não enamora pobres corações.

O amor não preenche imaginações...

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 03/11/2017
Reeditado em 03/11/2017
Código do texto: T6161663
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.