O amor não preenche imaginações (A coisa)
Coisa louca é o amor
Correria de sentimentos
Cada um sente do seu jeito
Como um fogo sem compaixão
Como luz a brilhar distante
Coração é terra sem ninguém
Compaixão sente todo apaixonado
Comemoremos um ao outro esse fogo
Com ardência de amor se consegue um beijo
Como um apaixonado perde a razão?
Como uma rosa vislumbra o sol?
Como um vento dança ao luar?
Cheiro de núvens com açúcares
Choro atentando o destino
Colmeias a derramar mel no espírito é o amor
Ciúme arrebatador no peito sofrível
Caminhemos nessa vereda de espectrais desvios
Como existir num mistério sobrenatural?
Como dividir na alma o elixir dos poetas embriagados?
Colho um passado aterrador
Coincidiu o pecado ao meu desejo volátil e breve
Coincidiu o amor com sacrifícios do medo
Castidade és castidade a deusa dum poema caboclo
Casa de taipa é o amor com reboco de Prata e pérolas
Copiei no umbral dos Céus uma palavra 'Tautogramas dum adeus'...
Cheiroso é teu existir e morre num luar de viagens...
Coração é mentiroso...
Coração é sacralidade das indecisões...
Coração é ardor viril de alianças onde não mais...
Coração é floresta da essência inatural...
Coração é cobra a morder carnes ingênuas no caminhar ao nada
Coração é guerra do heroísmo do pesadelo
Coração é cúmplice dos medos...
Coração é trevas de minguante luar das eras...
Coração é segredo maldito
Coração é segredo vestido de cinzas
Coração é segredo de navegar sonhos
Compaixão é amor e amor não enamora pobres corações.
O amor não preenche imaginações...