A desgraça da humanidade
Dos problemas esqueço-me, ao olhar
A beleza do mundo, e na figura
De um pensamento meu à beira mar
Viajo em minha alma cheia de loucura.
A sorte que a minha alma assim procura
Parece ter sumido pelo ar,
Pois nem o meu desejo já me cura
Esta ânsia de viver só para amar.
Estou no mundo apenas por acaso,
A desfrutar o efémero meu prazo
Duma existência de sabor a nada!
Somente tenho a minha liberdade
Sujeita a um mundo cheio de maldade,
Nas mãos da humanidade desgraçada.
Ângelo Augusto