Diante do desejo
Desvairado desejo despontou-me
Dissimulando duros duelos,
Diante de doces dengos
Ditos derramando-se delicadamente.
Delicio-me diante desse Deus
Diano divino,
Defino-me Dafne, dilapidando-me
Discernindo, digamos, divergentes dilemas.
Doparam-me desconcertante domínio
Deveras desgarrei-me, devorando-te
Devo dizer, dou-te dificuldades, deduza-as
Desses deliberados desnudes d'alma!
Dores de desamor desaguaram-me
Desfazendo desatinos, danças dantescas!
Dulcemente derreti diante desse decreto
Despretensiosa doo-te desejos, dualismos, doces diabruras...
Donde delicio-me deveras
Despindo-me em doces desejos
Dominando delírios, dizendo delícias
Dádivas desse deleite delineador.
Detalhes definem-me diretamente
Difícil desistir do destino
Depois de divertirmo-nos distraidamente
Descansando dez dias depois daquele domingo.
Devagarinho descrevo-te descobertas
Donde dúvidas descarto
Diante dignificante desmembramento
D'alma, doravante direção derradeira.
Declamo: Deus, dai-me discernimento
Donde devo depositar diários desatinos
Desses descomunais delírios
Debaixo da descoberta des'amor.
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19/09/16