Pasárgada
Pasárgada
Paraíso
Possível
Para
Poetas.
*Pasárgada ou Pasárgadas era uma cidade da antiga Pérsia, atualmente um sítio arqueológico na província de Fars, no Irã, situado 87 quilômetros a nordeste de Persépolis. Foi a primeira capital da Pérsia Aquemênida, no tempo de Ciro II, e coexistiu com as demais, dado que era costume persa manter várias capitais em simultâneo, em função da vastidão do seu império: Persépolis, Ecbátana, Susa ou Sardes. É hoje um Patrimônio Mundial da Unesco.
*Na literatura brasileira, Manuel Bandeira, consagrou o nome da cidade como um lugar ironicamente ideal, em Vou-me embora pra Pasárgada.
Bandeira explica: “Vou-me embora pra Pasárgada” foi o poema de mais longa gestação em toda minha obra. Vi pela primeira vez esse nome de Pasárgada quando tinha os meus dezesseis anos e foi num autor grego. [...] Esse nome de Pasárgada, que significa “campo dos persas”, suscitou na minha imaginação uma paisagem fabulosa, um país de delícias [...]. Mais de vinte anos depois, quando eu morava só na minha casa da Rua do Curvelo, num momento de fundo desânimo, da mais aguda doença, saltou-me de súbito do subconsciente esse grito estapafúrdio: “Vou-me embora pra Pasárgada!”. Senti na redondilha a primeira célula de um poema [...]"
Em 2009 a Litteris Editora do Rio de Janeiro, abriu um concurso de Antologia sobre a obra de Manuel Bandeira. Com a participação de 1307 poemas, dos quais foram selecionados 119, foi publicado o livro intitulado Uma Viagem para Pasárgada.
Em 25 de Abril de 2011 o rapper Criolo, de volta à cena musical brasileira, lançou o álbum "Nó Na Orelha", contendo a música Bogotá, onde faz referência à antiga cidade de Pasárgada: "[...] vai ser melhor do que Pasárgada/agradar, até o rei[...]".
Vou-me Embora pra Pasárgada
Manuel Bandeira
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Texto extraído do livro "Bandeira a Vida Inteira", Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90
Manuel Bandeira: sua vida e sua obra estão em "Biografias".
Pasárgada
Paraíso
Possível
Para
Poetas.
*Pasárgada ou Pasárgadas era uma cidade da antiga Pérsia, atualmente um sítio arqueológico na província de Fars, no Irã, situado 87 quilômetros a nordeste de Persépolis. Foi a primeira capital da Pérsia Aquemênida, no tempo de Ciro II, e coexistiu com as demais, dado que era costume persa manter várias capitais em simultâneo, em função da vastidão do seu império: Persépolis, Ecbátana, Susa ou Sardes. É hoje um Patrimônio Mundial da Unesco.
*Na literatura brasileira, Manuel Bandeira, consagrou o nome da cidade como um lugar ironicamente ideal, em Vou-me embora pra Pasárgada.
Bandeira explica: “Vou-me embora pra Pasárgada” foi o poema de mais longa gestação em toda minha obra. Vi pela primeira vez esse nome de Pasárgada quando tinha os meus dezesseis anos e foi num autor grego. [...] Esse nome de Pasárgada, que significa “campo dos persas”, suscitou na minha imaginação uma paisagem fabulosa, um país de delícias [...]. Mais de vinte anos depois, quando eu morava só na minha casa da Rua do Curvelo, num momento de fundo desânimo, da mais aguda doença, saltou-me de súbito do subconsciente esse grito estapafúrdio: “Vou-me embora pra Pasárgada!”. Senti na redondilha a primeira célula de um poema [...]"
Em 2009 a Litteris Editora do Rio de Janeiro, abriu um concurso de Antologia sobre a obra de Manuel Bandeira. Com a participação de 1307 poemas, dos quais foram selecionados 119, foi publicado o livro intitulado Uma Viagem para Pasárgada.
Em 25 de Abril de 2011 o rapper Criolo, de volta à cena musical brasileira, lançou o álbum "Nó Na Orelha", contendo a música Bogotá, onde faz referência à antiga cidade de Pasárgada: "[...] vai ser melhor do que Pasárgada/agradar, até o rei[...]".
Vou-me Embora pra Pasárgada
Manuel Bandeira
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Texto extraído do livro "Bandeira a Vida Inteira", Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90
Manuel Bandeira: sua vida e sua obra estão em "Biografias".
Interação de Lindita
Pasárgada
Parece
Parábola
Primorosa
Perfeita!
Parece
Parábola
Primorosa
Perfeita!
Interação de Gilberto Oliveira
Pois, próspero passeio
Passando por pontes
Paralém Paraná...
Paris-Paraguai-Pará
Pô! Pasadena porto
Problemático pra Pt
Porre psicotrópico
Pra polvo pacato
Por problemas portuários
Pediram pra parar...
Pietro Pablo Pitágoras
Porém, parlenda poética
Pouco pó, parco Polako
Puto pelo potássio.
Passando por pontes
Paralém Paraná...
Paris-Paraguai-Pará
Pô! Pasadena porto
Problemático pra Pt
Porre psicotrópico
Pra polvo pacato
Por problemas portuários
Pediram pra parar...
Pietro Pablo Pitágoras
Porém, parlenda poética
Pouco pó, parco Polako
Puto pelo potássio.
Interação de HLuna
Pela palavra
parece papagaio
palrador.
Paraíso partilhado,
página poderosa.
parece papagaio
palrador.
Paraíso partilhado,
página poderosa.
Interação de Poeta Carioca
COMPONHO SUBINDO E DESCENDO LADEIRA
GUIADO PELA FANTASIA QUE TANTO
IMAGINO A CIDADE RECANTO,
TAL COMO "PASÁRGADA" DE BANDEIRA!
GUIADO PELA FANTASIA QUE TANTO
IMAGINO A CIDADE RECANTO,
TAL COMO "PASÁRGADA" DE BANDEIRA!