Teresa
EPÍGRAFE:
Teresa
"A vez primeira que eu fitei Teresa,
Como as plantas que arrasta a correnteza,
A valsa nos levou nos giros seus...
E amamos juntos... E depois na sala
'Adeus' eu disse-lhe a tremer co'a fala..."
E ela, corando, murmurou-me: "adeus."
(Castro Alves)
***
A vez primeira que eu fitei Teresa
Pensei que fosse a minha bisavó.
Quando sorriu, meu Deus! Ai que tristeza!
Ela era feia, feia de dar dó!
Com a sutil leveza das carrancas
Me disse “Olá!”, me ofereceu um lírio...
Quis dar-me um beijo. Eu, louco de martírio,
Desvinculando-me de suas pelancas...
Eis que me tenta abraçar entre os seus
Loucos suspiros de opressora louca...
Eu só dizia: “Adeus! Adeus! Adeus!”
Ela insistiu. Fez-me correr à beça...
Tenho amor próprio e paciência pouca...
E se ela chora... a mim não me interessa...