O poeta sem inspiração, hoje calado.

Pobre de mim...a inspiração já não me bate mais,

Sinto-me um poeta louco sem esteio e sem brio...

Como se fosse uma folha solta aos vendavais

Num dia branco... corroído pelo frio.

Pobre de mim...a folha branca reluta ao meu olhar,

A inspiração, aquela dos poetas, deixou-me à deriva.

Já não tenho forças para continuar...

É o fim de um poeta...de uma vida.

O meu galardão foi outrora um senão,

E dele me deixei roubar da solidão

E me recolhi aos sonhos num papel achado.

Fui apenas um sonhador num mundo cão,

Tentando vislumbrar no olhar cada paixão

Na inspiração de um poeta hoje calado.

Nelson Rodrigues de Barros
Enviado por Nelson Rodrigues de Barros em 20/05/2008
Código do texto: T997764