O poeta sem inspiração, hoje calado.
Pobre de mim...a inspiração já não me bate mais,
Sinto-me um poeta louco sem esteio e sem brio...
Como se fosse uma folha solta aos vendavais
Num dia branco... corroído pelo frio.
Pobre de mim...a folha branca reluta ao meu olhar,
A inspiração, aquela dos poetas, deixou-me à deriva.
Já não tenho forças para continuar...
É o fim de um poeta...de uma vida.
O meu galardão foi outrora um senão,
E dele me deixei roubar da solidão
E me recolhi aos sonhos num papel achado.
Fui apenas um sonhador num mundo cão,
Tentando vislumbrar no olhar cada paixão
Na inspiração de um poeta hoje calado.