Esquálido Amor
Tu chegastes a mim como um raio de sol,
Clareastes as sombras que em minha vida haviam...
Destes uma resposta, a altura, à solidão...
Em meu viver, reacendestes a chama do amor;
Tu fostes embora como uma tempestade que chegara,
Apagastes as luzes que me alegravam...
Calastes o canto que minha alma interpretava...
Inundastes, com a tempestade, meu coração sonhador;
Não é pra mim este sol que lá fora brilha,
Pois nesse quarto a que me encontro, é escuro...
Nem sei quando é noite ou dia nesta sombria trilha;
Esta chuva vem me lembrar que já não és meu...
Impera a neblina sobre os raios de sol nestes dias,
Afogando-me nas lágrimas geladas de um esquálido amor.
Maximiniano J. M. da Silva - quinta, 15 de Maio de 2008