Das metáforas
Ah, as chamas que ama e a voz de Inverno que ouço
Fazem com que te ame, gentil Senhora,
Com meu corpo, e alma, e o que tiver no bolso.
Oh, o mesmo nobre amor que já diz: " - Porra!"...
E sem pedir licença aqui no verso;
É amor que já diz: " - Corra, Inverno! Corra!":
Amor de então, e sempre, e não disperso.
Pois o amor não é este sopro ao lado,
Que, se correr um vento a mais, bate asas...
E não ergui tais véus que têm pilhado -
Pranto, suor e um bom rio de águas rasas
Deverão ser o amor de que se morre...
Ou o bento amor que, de pagão, melhora
A antiga e ardente chaga, o eterno porre!
a 14 de Março de 2007