DOMINO-TE!

 

 

Eu chego a ti por trás e beijo tua nuca!

Arranho te pescoço com o meu cavanhaque!

O falo ardente, então, já logo te cutuca

Desnudo-te óh musa, aos poucos – em destaque...

Passeio por teu corpo e adentro com vontade

Na louca fricção, os teus roucos gemidos

É ovídica canção que chega e me invade

Um bálsamo par’alma – um salmo aos meus ouvidos...

Assim entrelaçados, Musa, nós ficamos

Domino-te. Domina-me  sem desenganos

Suores são cristais e pérola o gozo...
Seguro-te em meus braços, assim te aconchego


E pedes novamente, eu olho e não te nego

Depois... velam estrelas o nosso bom repouso...

 


DOMINA-ME

Quero sentir meu coração exaltado;
Meu sangue correndo feito um riacho;
Meu corpo amassado com teu abraço;
Meus nervos pulando, saltitando, ajitados!
Quero sentir meus ossos todos quebrados;
Com a fúria dos ventos espalhando os pedaços!
Meus grãos moidos estilhaçados...
Se dissipando para o espaço;
Meu pó místico sagrado, Divino;
Espalha ao ao sol com um sorriso!
Eu imploro pelo teu vento amigo!!
Domina novamente o cenário...
Afoga minha boca em teu orvalho;
Como uma névoa tocando teus lábios...

XAMA
Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 11/05/2008
Reeditado em 11/05/2008
Código do texto: T985216
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