"Soneto da separação".

Mãe... - por que ir, assim, em tão tenra idade?
Por que me deixas se, apenas, tenho eu nove anos?
Por que me levas a arquivar os meus singelos planos?
Mesmo que voltes e me digas: - como é a eternidade.

Mãe... - tu eras o meu casaco, o meu sapato, o meu chinelo,
Tu eras o meu tudo e, agora, te transformas no meu nada,
Pois como pássaros que voam... - a morte bate em retirada,
És tu como a estrela que se apaga no meu céu singelo!

O Governante, o Rei, a Força, o Poder te chama,
A habitar o verdadeiro lar do amor que vem e inflama,
E a minha vida não definha, mas, antes, a ti ama!

Quero, eu, que o tempo passe, um agosto após agosto,
Hei de ser reto como até aqui tu me tens posto,
Por almejar, um dia, de novo, oscular teu rosto!
YOSEPH YOMSHYSHY
Enviado por YOSEPH YOMSHYSHY em 11/05/2008
Código do texto: T985008
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